|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Itália quer Jaqueline 9 meses fora
Procuradores do comitê olímpico dizem que a atleta foi responsável pelo doping; caso irá a julgamento
FABIO GRIJÓ
DA REPORTAGEM LOCAL
A ponteira Jaqueline, 23,
corre o risco de só voltar às quadras em abril, a quatro meses
da Olimpíada de Pequim. Suspensa após teste antidoping positivo na Itália, a atleta pode ser
punida por até nove meses.
Esse foi o prazo da pena recomendada, ontem, pelo Escritório Antidoping do Coni (Comitê Olímpico Italiano) ao juiz de
última instância da entidade.
Ainda não há data para a audiência que irá determinar a
decisão final do Coni.
O pedido de suspensão por
nove meses foi feito por dois
procuradores do Escritório Antidoping do Coni. Segundo o site da entidade, houve "reconhecimento da responsabilidade da atleta na violação [doping]". Por isso, "a conseqüente
aplicação da sanção pelo período de nove meses".
Mesmo que a punição seja reduzida, a jogadora está fora da
Copa do Mundo, de 2 a 16 de
novembro, que vale três vagas
olímpicas em Pequim-2008.
Nesta semana, o técnico José
Roberto Guimarães divulgou
uma lista de pré-convocadas,
com 19 nomes, entre eles o da
ponteira. A definição das 12
atletas que irão disputar a Copa
sairá em duas semanas, quando
o time viajará para o Japão, segundo a CBV (Confederação
Brasileira de Vôlei).
Como não há data para a análise derradeira do Coni -e o caso seguirá, ainda, para a Federação Italiana de Vôlei, que referendará ou não o veredicto do
comitê olímpico-, é pouco
provável que tudo seja concluído em até duas semanas.
Jaqueline está na Itália. Segundo seu empresário, Jorge
Assef, a expectativa era pela pena de três meses, que já teria sido cumprida. Nesse caso, conta
Assef, a jogadora iria à sede do
Coni, em Roma, afirmar que
acataria a decisão e, portanto,
não haveria a audiência final.
Como a suspensão pedida
pelos procuradores foi maior
do que a esperada, a atleta não
acatou e decidiu aguardar o julgamento em última instância.
Ontem, segundo Assef, Jaqueline se reuniu com seu advogado, Eugenio Gollini. A jogadora não foi localizada pela
reportagem. O empresário diz
que ela irá permanecer na Itália
até o desfecho do caso. À tarde,
no horário brasileiro, a atleta
acompanharia o jogo do namorado, o ponta Murilo, da seleção, pelo Campeonato Italiano.
"Não esperávamos uma punição assim. Contávamos com
a pena mínima [três meses].
Falei com o Zé Roberto [técnico da seleção] na terça-feira,
antes de ele ir para a Itália, e ele
disse que conta com a Jaqueline, que queria vê-la jogando até
o fim do ano", afirmou Assef.
O empresário disse que Zé
Roberto e Jaqueline conversaram ontem, por telefone. A reportagem não localizou o treinador. "Ela está muito angustiada. Não vê a hora de resolver
essa situação", declarou Assef.
O teste que deu positivo foi
feito em 10 de junho, nas finais
do Campeonato Italiano, e
apontou sibutramina, estimulante contido em remédios de
emagrecer. Jaqueline, à época
no Jesi, foi suspensa preventivamente por dois meses.
Texto Anterior: Memória: Doping de THG atingiu astros do atletismo Próximo Texto: Revés: Acordo com espanhóis está suspenso Índice
|