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PINGUE-PONGUE
"Liberdade tem limite", afirma Renato Gaúcho
DA REPORTAGEM LOCAL
Indicado pelo amigo Romário, o técnico Renato
Gaúcho levou ao Fluminense a liberdade desejada pelo
atacante, mas diz que a disciplina fala mais alto.
(FV)
Folha - A que você atribuiu a
ascensão do Fluminense?
Renato Gaúcho - Corrigi alguns erros, já que o time não
havia se preparado, e trouxe
o grupo para mim.
Folha - Romário é dispensado de treinos. O Beto já foi liberado porque estava com
problemas particulares. Essa
liberdade é seu segredo?
Renato - É melhor o atleta
chegar ao jogo com a cabeça
fresca do que treinar e, depois, jogar com problemas.
Folha - É uma nova versão
da "Democracia Corintiana"?
Renato - Não chega a tanto.
Dou liberdade, mas quem
sair da disciplina é punido.
Jogador de futebol é mal-acostumado. Você dá a mão,
e ele quer o braço.
Folha - A amizade com Romário ajuda seu trabalho?
Renato - O Romário sugeriu meu nome, foi um bom
aval. Mas de que serve ele
adiantar minha parada se eu
não tiver competência?
Folha - Por que os clubes do
Rio vão tão mal no Brasileiro?
Renato - Falta de preparação. Querer consertar os erros no meio do campeonato
não adianta. O amadorismo
acaba estourando.
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