|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Atleta não gostou de ter ficado fora do jogo com o Vasco; Levir retrucou
Pedrinho desabafa no Rio e agrava crise do Palmeiras
DA SUCURSAL DO RIO
O que já estava ruim, ficou ainda pior. O Palmeiras aumentou
sua lista de problemas para resolver até o desesperador jogo contra
o Fluminense, amanhã, no Rio.
Como já não bastasse a complicadíssima situação do time na tabela -iminência de rebaixamento, só três partidas a disputar,
duas fora de casa-, o meia Pedrinho entrou em choque direto
contra o técnico Levir Culpi.
Maior esperança da torcida palmeirense sem nunca ter jogado
uma partida completa desde que
voltou à equipe, há pouco mais de
um mês, o atleta disse que ficou
"decepcionado" por nem ter sido
sequer relacionado para o banco
de reservas na derrota para o Vasco, anteontem, em São Januário.
"Não consegui entender a atitude do Levir", reclamou Pedrinho.
"Essa foi a primeira vez na minha
carreira que não sou escalado
nem para o banco."
O meia palmeirense afirmou
que não concordava com as justificativas de Culpi -"optei por jogadores em melhores condições"- para não botá-lo ao menos como uma opção para o segundo tempo contra o Vasco.
"Sei que não consigo suportar
os 90 minutos. Mas, se a falta de
condição física fosse critério, eu
teria que estar treinando separado do time, o que não acontece",
ponderou Pedrinho, que segue
assim seu calvário no Palmeiras,
desde as sucessivas contusões até
a ameaça de suspensão por doping, por causa de um remédio
antidepressivo.
"Nesses momentos, todas as
respostas são polêmicas", falou
Levir Culpi, algumas horas depois
do desabafo de Pedrinho, enquanto o meia treinava na praia
em frente ao hotel, com os jogadores que não atuaram domingo.
"Não vou dizer nada. O atleta
olha o lado individual. A comissão técnica, o coletivo. No futuro,
se ele estiver do meu lado [de treinador], ele encontrará a resposta", defendeu-se.
Para quem não ia dizer nada,
Levir foi mudando de idéia.
"Minha função é escalar quem
vai entrar em campo e quem vai
ficar no banco. Tinha 20 jogadores para 18 vagas. Dois tinham
que ficar de fora. Um deles foi o
Pedrinho. Pelo o que eu pensava
para a partida, era ele ou o Zinho.
E vocês [jornalistas] sabem quem
é o Zinho", contra-atacou, enfim,
o técnico do Palmeiras.
Logo após a derrota para o Vasco, Levir Culpi havia acenado
com a chance de escalar os "veteranos" contra o Fluminense: Zinho, Dodô, Lopes e Pedrinho. O
técnico, que iria se reunir com o
atleta ontem à noite, pode agora
alterar os planos.
(SÉRGIO RANGEL)
Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Para Levir Culpi, faltam apenas sorte e 3 vitórias Índice
|