São Paulo, terça-feira, 05 de novembro de 2002

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FUTEBOL

Atleta não gostou de ter ficado fora do jogo com o Vasco; Levir retrucou

Pedrinho desabafa no Rio e agrava crise do Palmeiras

DA SUCURSAL DO RIO

O que já estava ruim, ficou ainda pior. O Palmeiras aumentou sua lista de problemas para resolver até o desesperador jogo contra o Fluminense, amanhã, no Rio.
Como já não bastasse a complicadíssima situação do time na tabela -iminência de rebaixamento, só três partidas a disputar, duas fora de casa-, o meia Pedrinho entrou em choque direto contra o técnico Levir Culpi.
Maior esperança da torcida palmeirense sem nunca ter jogado uma partida completa desde que voltou à equipe, há pouco mais de um mês, o atleta disse que ficou "decepcionado" por nem ter sido sequer relacionado para o banco de reservas na derrota para o Vasco, anteontem, em São Januário.
"Não consegui entender a atitude do Levir", reclamou Pedrinho. "Essa foi a primeira vez na minha carreira que não sou escalado nem para o banco."
O meia palmeirense afirmou que não concordava com as justificativas de Culpi -"optei por jogadores em melhores condições"- para não botá-lo ao menos como uma opção para o segundo tempo contra o Vasco.
"Sei que não consigo suportar os 90 minutos. Mas, se a falta de condição física fosse critério, eu teria que estar treinando separado do time, o que não acontece", ponderou Pedrinho, que segue assim seu calvário no Palmeiras, desde as sucessivas contusões até a ameaça de suspensão por doping, por causa de um remédio antidepressivo.
"Nesses momentos, todas as respostas são polêmicas", falou Levir Culpi, algumas horas depois do desabafo de Pedrinho, enquanto o meia treinava na praia em frente ao hotel, com os jogadores que não atuaram domingo.
"Não vou dizer nada. O atleta olha o lado individual. A comissão técnica, o coletivo. No futuro, se ele estiver do meu lado [de treinador], ele encontrará a resposta", defendeu-se.
Para quem não ia dizer nada, Levir foi mudando de idéia.
"Minha função é escalar quem vai entrar em campo e quem vai ficar no banco. Tinha 20 jogadores para 18 vagas. Dois tinham que ficar de fora. Um deles foi o Pedrinho. Pelo o que eu pensava para a partida, era ele ou o Zinho. E vocês [jornalistas] sabem quem é o Zinho", contra-atacou, enfim, o técnico do Palmeiras.
Logo após a derrota para o Vasco, Levir Culpi havia acenado com a chance de escalar os "veteranos" contra o Fluminense: Zinho, Dodô, Lopes e Pedrinho. O técnico, que iria se reunir com o atleta ontem à noite, pode agora alterar os planos. (SÉRGIO RANGEL)



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