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Quando a bola rolar, e parar, preste atenção
Jorge Araújo/Folha Imagem
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Dida, que defendeu dois pênaltis no último jogo, treina sob chuva |
Jogada
que propiciou a vitória ao Corinthians na semana passada pode ser decisiva para o São Paulo provocar a terceira partida em um dos confrontos semifinais
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RODRIGO BUENO
MAÉRCIO SANTAMARINA
da Reportagem Local
Quando a bola rolar hoje no
Morumbi, no segundo confronto
entre Corinthians e São Paulo pelas semifinais do Brasileiro -Vitória e Atlético-MG fazem a outra
semifinal, em Salvador-, às
18h30, vale a pena ficar bem atento. Mas, quando a bola estiver parada no clássico, poderá valer ainda mais a pena prestar atenção.
No primeiro jogo, o Corinthians
venceu por 3 a 2 porque foi mais
feliz nos lances de bola parada.
Enquanto Marcelinho bateu um
pênalti e converteu, Raí cobrou
dois e falhou -se houver outra
chance hoje, deve bater de novo.
O primeiro gol corintiano, marcado pelo zagueiro Márcio Costa,
e o segundo gol são-paulino, do
volante Edmilson, saíram de cobranças de falta.
Tanto o técnico Oswaldo de Oliveira, do Corinthians, quanto o
técnico Paulo César Carpegiani,
do São Paulo, puseram em dúvida
os lances que originaram tais gols.
Segundo o Datafolha, dos 55
gols do Corinthians no torneio, 15
aconteceram após jogadas de bola
parada. Dos 52 gols do São Paulo,
12 saíram desse modo.
Talvez preocupado com a bola
parada são-paulina -nos 3 a 2
contra a Ponte Preta, o São Paulo
fez três gols em jogadas do tipo-,
o técnico Oswaldo de Oliveira fala
em conspiração contra seu time e
acusa o São Paulo de ser violento
-os são-paulinos fazem em média, por jogo, 29,7 faltas no Brasileiro, contra 25,6 dos corintianos.
Em resposta, Carpegiani acusa
Oliveira de pressionar a arbitragem e pretende explorar ainda
mais os lances de bola parada.
O time são-paulino terá a volta
do lateral-direito Ânderson, que,
além de exímio batedor de faltas,
deu três assistências em cobranças de infrações e escanteios neste
Brasileiro. E contará com atletas
altos, como Jaques (1,89 m) e Paulão (1,85 m), para o jogo aéreo.
Assim como Ânderson, o meia-atacante Marcelinho deu três assistências em lances de bola parada -também fez um gol de falta.
Em compensação, os são-paulinos não terão França, batedor oficial de pênaltis do time que está
com uma lesão no tornozelo -na
ausência dele, Raí realizou três cobranças e converteu só uma.
O Corinthians, no que se refere
à bola parada, entra bastante desfalcado na partida de hoje.
O meia-atacante Marcelinho,
que cumprirá suspensão, marcou
quatro gols de pênalti no Brasileiro, três de falta e deu quatro assistências em escanteios e faltas para
os seus companheiros.
Hoje, o volante e capitão Rincón
deve ficar encarregado dos pênaltis. Já as faltas devem ficar por
conta de Ricardinho -o meia já
deu duas assistências em lances
de bola parada no torneio.
Os goleiros dos dois times também são mestres em bola parada.
Dida aperfeiçoou tanto sua técnica de pegar pênaltis que já é favorito contra os batedores. Rogério
aprimorou suas cobranças de falta e fez um gol no Brasileiro.
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