São Paulo, Domingo, 05 de Dezembro de 1999


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Quando a bola rolar, e parar, preste atenção

Jorge Araújo/Folha Imagem
Dida, que defendeu dois pênaltis no último jogo, treina sob chuva




Jogada que propiciou a vitória ao Corinthians na semana passada pode ser decisiva para o São Paulo provocar a terceira partida em um dos confrontos semifinais

RODRIGO BUENO
MAÉRCIO SANTAMARINA
da Reportagem Local

Quando a bola rolar hoje no Morumbi, no segundo confronto entre Corinthians e São Paulo pelas semifinais do Brasileiro -Vitória e Atlético-MG fazem a outra semifinal, em Salvador-, às 18h30, vale a pena ficar bem atento. Mas, quando a bola estiver parada no clássico, poderá valer ainda mais a pena prestar atenção.
No primeiro jogo, o Corinthians venceu por 3 a 2 porque foi mais feliz nos lances de bola parada. Enquanto Marcelinho bateu um pênalti e converteu, Raí cobrou dois e falhou -se houver outra chance hoje, deve bater de novo.
O primeiro gol corintiano, marcado pelo zagueiro Márcio Costa, e o segundo gol são-paulino, do volante Edmilson, saíram de cobranças de falta.
Tanto o técnico Oswaldo de Oliveira, do Corinthians, quanto o técnico Paulo César Carpegiani, do São Paulo, puseram em dúvida os lances que originaram tais gols.
Segundo o Datafolha, dos 55 gols do Corinthians no torneio, 15 aconteceram após jogadas de bola parada. Dos 52 gols do São Paulo, 12 saíram desse modo.
Talvez preocupado com a bola parada são-paulina -nos 3 a 2 contra a Ponte Preta, o São Paulo fez três gols em jogadas do tipo-, o técnico Oswaldo de Oliveira fala em conspiração contra seu time e acusa o São Paulo de ser violento -os são-paulinos fazem em média, por jogo, 29,7 faltas no Brasileiro, contra 25,6 dos corintianos.
Em resposta, Carpegiani acusa Oliveira de pressionar a arbitragem e pretende explorar ainda mais os lances de bola parada.
O time são-paulino terá a volta do lateral-direito Ânderson, que, além de exímio batedor de faltas, deu três assistências em cobranças de infrações e escanteios neste Brasileiro. E contará com atletas altos, como Jaques (1,89 m) e Paulão (1,85 m), para o jogo aéreo.
Assim como Ânderson, o meia-atacante Marcelinho deu três assistências em lances de bola parada -também fez um gol de falta.
Em compensação, os são-paulinos não terão França, batedor oficial de pênaltis do time que está com uma lesão no tornozelo -na ausência dele, Raí realizou três cobranças e converteu só uma.
O Corinthians, no que se refere à bola parada, entra bastante desfalcado na partida de hoje.
O meia-atacante Marcelinho, que cumprirá suspensão, marcou quatro gols de pênalti no Brasileiro, três de falta e deu quatro assistências em escanteios e faltas para os seus companheiros.
Hoje, o volante e capitão Rincón deve ficar encarregado dos pênaltis. Já as faltas devem ficar por conta de Ricardinho -o meia já deu duas assistências em lances de bola parada no torneio.
Os goleiros dos dois times também são mestres em bola parada. Dida aperfeiçoou tanto sua técnica de pegar pênaltis que já é favorito contra os batedores. Rogério aprimorou suas cobranças de falta e fez um gol no Brasileiro.


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