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FUTEBOL
Equipe usa retrospecto de não perder duas vezes seguidas para o São Paulo desde 93 para ir às finais
Corinthians crê em vaga até na derrota
MAÉRCIO SANTAMARINA
da Reportagem Local
Mesmo se perder para o São
Paulo hoje, o Corinthians acredita
já ter assegurado uma das vagas
nas finais do Campeonato Brasileiro-99, levando em consideração o retrospecto de que não perde duas vezes seguidas para o rival
desde o Paulista de 1993.
Por ter vencido o primeiro confronto das semifinais, domingo
passado, por 3 a 2, mesmo se viesse a sofrer uma derrota por um
gol de diferença hoje, o Corinthians poderia empatar o terceiro
jogo, que o resultado provocaria,
com data pré-estabelecida para a
próxima quarta-feira.
Isso graças à vantagem corintiana de poder jogar por empates
-ou vitórias e derrotas pelos
mesmos placares-, obtida por
ter terminado a primeira fase do
Brasileiro na liderança.
Em caso de vitória, o Corinthians já se classificaria direto,
dispensando a terceira partida.
Já a equipe são-paulina, para se
classificar, na hipótese de vencer
hoje pelo placar mínimo, teria de
vencer novamente a próxima partida, o que não acontece desde 23
de maio de 1993.
Depois de bater o Corinthians
por 2 a 0 no primeiro confronto
do Paulista daquele ano, em 4 de
abril, os são-paulinos voltaram a
repetir o placar no jogo seguinte.
O Corinthians só se recuperou
na partida seguinte, em 30 de
maio, vencendo por 1 a 0. As duas
equipes voltaram a se encontrar,
após a dupla vitória do São Paulo,
23 vezes nos últimos seis anos e
meio sem que o fato se repetisse,
incluindo os campeonatos Paulista e Brasileiro.
Foram, nesse período, dez vitórias para o Corinthians, cinco para o São Paulo e oito empates.
Visando manter o tabu e o retrospecto de superioridade de seu
time, a ordem do técnico Oswaldo
de Oliveira é renunciar à vocação
ofensiva confirmada pelo Corinthians neste campeonato -o time tem o melhor ataque da competição, com 55 gols marcados-,
priorizando a defesa para evitar
que o São Paulo faça gols.
""Se conseguirmos isso, iremos
às finais, mesmo que venha a
ocorrer um terceiro jogo."
Ele quer um time precavido,
evitando se expor no campo do
adversário, onde vai exercer o
mando da partida por determinação da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
A equipe queria jogar no Pacaembu, após confirmar a vitória
no primeiro jogo, mas a polícia
vetou o estádio por falta de segurança. Lá, acredita Oliveira, seria
mais fácil jogar na retranca.
""Vamos ter que fazer um jogo
de cautela, ainda mais por não
termos o Marcelinho, enquanto o
São Paulo terá o retorno de Vágner e Ânderson, que reforçam
muito o seu lado direito", disse o
treinador corintiano.
Ele disse prever total pressão do
rival, que precisa pelo menos de
um empate para provocar o terceiro jogo da série.
A ordem no Corinthians é agir
ofensivamente apenas nos contra-ataques, sem deixar a sua defesa desprotegida.
A preocupação com o setor defensivo fez o treinador adiar o retorno do zagueiro João Carlos,
que ficou fora da última partida
por contusão, mas já se recuperou. Márcio Costa, que conseguiu
tirar a bola da linha do gol quando
o goleiro Dida já estava fora do
lance na última partida, será mantido em dupla com Nenê.
O meia Edu, que deve substituir
Marcelinho, suspenso após o
quinto cartão amarelo, terá a missão de fechar o meio-campo.
""Ele é muito bom marcador e,
além disso, alto, o que pode ajudar na defesa de jogadas aéreas,
um dos pontos fortes do São Paulo", disse Oliveira sem, no entanto, confirmar a escalação.
O técnico afirmou que mandou
editar uma fita de vídeo só com as
jogadas aéreas do rival para repetir ao grupo na concentração.
""Nossa disposição terá de ser
maior que no último jogo porque
o São Paulo estará ainda mais motivado", disse o volante Rincón.
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