São Paulo, Domingo, 05 de Dezembro de 1999


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FUTEBOL

Equipe usa retrospecto de não perder duas vezes seguidas para o São Paulo desde 93 para ir às finais

Corinthians crê em vaga até na derrota

MAÉRCIO SANTAMARINA
da Reportagem Local

Mesmo se perder para o São Paulo hoje, o Corinthians acredita já ter assegurado uma das vagas nas finais do Campeonato Brasileiro-99, levando em consideração o retrospecto de que não perde duas vezes seguidas para o rival desde o Paulista de 1993.
Por ter vencido o primeiro confronto das semifinais, domingo passado, por 3 a 2, mesmo se viesse a sofrer uma derrota por um gol de diferença hoje, o Corinthians poderia empatar o terceiro jogo, que o resultado provocaria, com data pré-estabelecida para a próxima quarta-feira.
Isso graças à vantagem corintiana de poder jogar por empates -ou vitórias e derrotas pelos mesmos placares-, obtida por ter terminado a primeira fase do Brasileiro na liderança.
Em caso de vitória, o Corinthians já se classificaria direto, dispensando a terceira partida.
Já a equipe são-paulina, para se classificar, na hipótese de vencer hoje pelo placar mínimo, teria de vencer novamente a próxima partida, o que não acontece desde 23 de maio de 1993.
Depois de bater o Corinthians por 2 a 0 no primeiro confronto do Paulista daquele ano, em 4 de abril, os são-paulinos voltaram a repetir o placar no jogo seguinte.
O Corinthians só se recuperou na partida seguinte, em 30 de maio, vencendo por 1 a 0. As duas equipes voltaram a se encontrar, após a dupla vitória do São Paulo, 23 vezes nos últimos seis anos e meio sem que o fato se repetisse, incluindo os campeonatos Paulista e Brasileiro.
Foram, nesse período, dez vitórias para o Corinthians, cinco para o São Paulo e oito empates.
Visando manter o tabu e o retrospecto de superioridade de seu time, a ordem do técnico Oswaldo de Oliveira é renunciar à vocação ofensiva confirmada pelo Corinthians neste campeonato -o time tem o melhor ataque da competição, com 55 gols marcados-, priorizando a defesa para evitar que o São Paulo faça gols.
""Se conseguirmos isso, iremos às finais, mesmo que venha a ocorrer um terceiro jogo."
Ele quer um time precavido, evitando se expor no campo do adversário, onde vai exercer o mando da partida por determinação da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
A equipe queria jogar no Pacaembu, após confirmar a vitória no primeiro jogo, mas a polícia vetou o estádio por falta de segurança. Lá, acredita Oliveira, seria mais fácil jogar na retranca.
""Vamos ter que fazer um jogo de cautela, ainda mais por não termos o Marcelinho, enquanto o São Paulo terá o retorno de Vágner e Ânderson, que reforçam muito o seu lado direito", disse o treinador corintiano.
Ele disse prever total pressão do rival, que precisa pelo menos de um empate para provocar o terceiro jogo da série.
A ordem no Corinthians é agir ofensivamente apenas nos contra-ataques, sem deixar a sua defesa desprotegida.
A preocupação com o setor defensivo fez o treinador adiar o retorno do zagueiro João Carlos, que ficou fora da última partida por contusão, mas já se recuperou. Márcio Costa, que conseguiu tirar a bola da linha do gol quando o goleiro Dida já estava fora do lance na última partida, será mantido em dupla com Nenê.
O meia Edu, que deve substituir Marcelinho, suspenso após o quinto cartão amarelo, terá a missão de fechar o meio-campo.
""Ele é muito bom marcador e, além disso, alto, o que pode ajudar na defesa de jogadas aéreas, um dos pontos fortes do São Paulo", disse Oliveira sem, no entanto, confirmar a escalação.
O técnico afirmou que mandou editar uma fita de vídeo só com as jogadas aéreas do rival para repetir ao grupo na concentração.
""Nossa disposição terá de ser maior que no último jogo porque o São Paulo estará ainda mais motivado", disse o volante Rincón.


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