São Paulo, Domingo, 05 de Dezembro de 1999


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Isolado, Dida evita pressão em pênalti

da Reportagem Local

Para evitar que a defesa de pênaltis passe a ser uma pressão para o goleiro Dida, o técnico Oswaldo de Oliveira determinou que o jogador se isolasse tanto da torcida como da imprensa na fase de preparação para o jogo de hoje.
Após defender dois pênaltis na última partida, ambos cobrados pelo meia Raí, do São Paulo, o temor é de que a obrigação em um fato apontado como anormal pelo treinador atrapalhe a concentração do goleiro, ao qual Oliveira atribui um papel decisivo para o Corinthians ir às finais.
Afinal, o time pode tomar, no máximo, um gol a mais que o adversário para se classificar.
""O assédio que o Dida passou a ter após as defesas dos pênaltis é muito grande. Isso me preocupa, mas, felizmente, tenho sentido o jogador tranquilo e bem de cabeça", afirmou o técnico corintiano, que o aconselhou a não dar entrevistas.
Outro receio dele é de que a torcida, passando a ver como uma obrigação do goleiro defender pênaltis, transforme Dida de herói em vilão caso não obtenha sucesso em uma possível situação semelhante hoje.
""É preciso entender que é um fato anormal um goleiro defender pênalti. É muito difícil que isso ocorra, mesmo com bons goleiros", ressaltou.
Dida defendeu três pênaltis consecutivamente no Brasileiro. O primeiro tinha sido no último jogo das quartas-de-final, contra o Guarani.
Se, em relação ao goleiro, Oliveira não tem preocupação com o excesso de euforia pelo bom desempenho, o mesmo não se aplica ao restante do time após a primeira vitória.
""Houve muita alegria depois do jogo de domingo passado. Agora, tem que acabar. A equipe tem que se conscientizar da responsabilidade com este novo compromisso. Nada está ganho ainda. É preciso mostrar equilíbrio. Felizmente, o grupo está entendendo isso", disse.
O pensamento é o mesmo do capitão do time, Rincón, que vê a necessidade de corrigir erros de posicionamento. ""Nas quartas-de-final, o Guarani acabou indo além do que o Corinthians esperava. Temos que crescer mais nas semifinais para evitar não ficarmos no sufoco depois", afirmou. (MS)




Texto Anterior: Corinthians crê em vaga até na derrota
Próximo Texto: Provocação preocupa técnico
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.