LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
RICARDO PERRONE
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE

Logo em sua primeira tentativa, a geração de Diego, 17, e Robinho, 18, conseguiu o que craques consagrados não conseguiram: levar o Santos de volta à Libertadores.
A classificação para a final do Brasileiro e para o torneio internacional veio mesmo com a derrota por 1 a 0 para o Grêmio, ontem à noite, em Porto Alegre.
O resultado também deixou os meninos da Vila com chance de conquistar o inédito título do Brasileiro e tirar o time da fila. O último triunfo importante foi em 1984, quando o clube venceu o Paulista ao superar o Corinthians.
Para os gremistas, a eliminação do Nacional veio com um motivo para comemorar, já que a equipe volta a disputar a Libertadores, como terceira colocada do Brasileiro. A classificação aconteceu porque o Corinthians, que havia assegurado o seu lugar no torneio ao vencer a Copa do Brasil-2002, também chegou à final.
Os santistas não disputam a Libertadores desde 1984, quando foram eliminados na primeira fase da competição. E a última participação do time na final do Nacional havia sido em 1995, quando o Botafogo foi o campeão.
No caminho para acabar com o seu jejum de títulos, a diretoria santista apostou em medalhões, em épocas diferentes, e fracassou. Estrelas como Rincón, Marcelinho, Valdo e Viola falharam.
Para realizar a tarefa que seus antecessores famosos não conseguiram, o jovem time do Santos podia perder por até dois gols de diferença ontem no Olímpico.
Melhor na marcação no meio-campo, o Grêmio começou pressionando o adversário. A equipe de Tite atacou com rapidez e explorou as laterais, principalmente nos primeiros 15 minutos.
Nesse período, o Santos teve dificuldade para sair de seu campo de defesa. Os atacantes e meias rivais desarmavam com facilidade os defensores santistas.
Porém as chances gremistas foram desperdiçadas por causa dos erros na finalizações. Em todo o primeiro tempo, o time fez cinco finalizações, todas erradas.
Aos poucos, os santistas conseguiram trocar passes e avançar, mesmo sem a rapidez característica de seus atacantes.
A mudança de comportamento do clube paulista foi tanta que ele acabou os primeiros 45 minutos com seis finalizações, uma a mais que o rival. Os comandados de Leão também tiveram mais posse de bola (51% contra 49%).
O segundo tempo começou mais tenso que a primeira fase. Logo aos 11min, Samuel foi expulso, ao cometer falta violenta.
O Grêmio passou a ter mais cautela a partir do momento em que o Corinthians virou o jogo no Morumbi, já que, se sofresse um gol, perderia a vaga na Libertadores.
Mesmo assim, o time marcou com Rodrigo Fabri, aos 23min. Após o gol, os gaúchos voltaram a pressionar, mas não teve sucesso.
Para domingo, Leão não terá o lateral Maurinho, único santista expulso em um jogo de 64 faltas.


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