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SAIBA MAIS
Credibilidade dos Jogos foi abalada por denúncias
DA REPORTAGEM LOCAL
O maior rigor antidoping
que será implantado nos Jogos de Atenas-2004 é reflexo
das várias denúncias que puseram em xeque a credibilidade do esporte em 2003.
O ideal olímpico defende
competições "limpas", sem
uso de drogas que melhorem a performance.
No entanto, segundo divulgado em abril, os EUA teriam abafado vários casos de
doping em pelo menos quatro edições dos Jogos, entre
1988 e 2000. Nem o badalado
velocista Carl Lewis, detentor de nove ouros olímpicos,
escapou das denúncias.
Quatro meses depois, outro caso encoberto manchou
ainda mais a reputação do
Comitê Olímpico dos EUA.
Jerome Young, que integrou o time campeão no revezamento 4 x 400 m em
Sydney-00, teria sido liberado pela USATF, a federação
de atletismo dos EUA, mesmo depois de ter sido pego
no antidoping em 99. O COI
estuda o caso, e os EUA podem perder a medalha três
anos após a disputa, o que
seria inédito em Olimpíadas.
Em outubro houve novo
escândalo, com o anúncio da
descoberta do THG, um novo esteróide anabólico. Até
agora, cinco atletas foram
flagrados para a droga.
Como forma de resgatar a
credibilidade da USATF, a
entidade propôs, anteontem, que os atletas pegos por
usar esteróides anabólicos
sejam banidos do esporte já
em seu primeiro exame positivo. Mas a medida não é
apoiada pela Wada, a Agência Mundial Antidoping.
"A regra prevê suspensão
de dois anos para esses casos. Uma medida como essa
abriria a possibilidade de o
atleta apelar e sair vitorioso",
afirmou à Folha Farnaz
Khadem, diretora de comunicações da agência.
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