São Paulo, sábado, 06 de janeiro de 2007

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Souza vira favorito à vaga de Mineiro

São Paulo se reapresenta com 4 reforços, mas lacuna deixada por volante preocupa Muricy Ramalho

JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O ano é 2007, mas o problema são-paulino logo no início da temporada assemelha-se ao vivido no começo de 2006.
Um mês depois de vencer o Mundial de Clubes no Japão, em 2005, o São Paulo voltava aos treinos com uma incógnita: quem substituiria o lateral-direito Cicinho, negociado com o espanhol Real Madrid.
Pouco mais de um ano depois, a dúvida sobre uma peça de reposição volta a rondar a cabeça dos torcedores são-paulinos. Mas agora a questão é encontrar um substituto para o volante Mineiro, que revelou na última anteontem que não jogaria mais pelo clube.
Mas a solução, ao que indica o treinador do time, pode estar dentro do próprio elenco e já tem nome: o meia Souza. Pelo menos temporariamente, assim como em 2006.
"Quando precisei do Souza para jogar de volante, no lugar do Mineiro, ele foi muito bem", comenta Muricy.
"Mas não é só mudar", pondera o treinador. "Precisamos ver várias coisas. Não se trata apenas de tirar um jogador e colocar o outro. É preciso analisar o comportamento do time e isso nós só veremos nos treinamentos com bola."
O certo é que o equatoriano Reasco, até então apontado como substituto natural de Mineiro, perde força na disputa por uma vaga no time.
"Eu vou chamar [para a posição] aquele que me passar confiança. O Souza já fez isso. Posso colocar o Reasco também, mas vai depender dele me mostrar que eu realmente posso confiar", justifica o treinador.
Ontem pela manhã, além de voltar aos treinos, a equipe paulista apresentou quatro reforços para a temporada: os meias Hugo (ex-Grêmio) e Francisco Alex (ex-Ferroviária), e os atacantes Borges (ex-Vegalta Sendai-JAP) e Caiuby (ex-Ferroviária).
Como de praxe, os atletas exaltaram a estrutura e falaram sobre a organização do clube paulista. Além disso, Hugo, que já defendeu o São Paulo nas categorias de base e o Corinthians em 2005, aproveitou a chance para alfinetar seu ex-time.
"No Corinthians, eu estava muito bem, mas o Kia [Joorabchian, presidente da MSI], que contratou os seus jogadores preferidos através da MSI, interferia na escalação e boicotou o meu trabalho. Foi melhor deixar o clube mesmo", disse o meia, em tom de desabafo.
Sem ressentimentos com as equipes que já defendeu, o atacante Borges preferiu pensar no futuro. "Estou ansioso para marcar meu primeiro gol com a camisa do São Paulo", disse, revelando que já havia feito um acordo verbal com o clube paulista desde setembro.
"Só não saí antes para não atrapalhar o meu time no Japão", explica Borges.
Os jogadores se unem ao já apresentado Jadilson, lateral-esquerdo do Goiás no Brasileiro do ano passado, formando um grupo de 24 atletas.
No entanto apenas 20 jogadores estão livres para atuar pelo time, já que os meio-campistas Lenilson e Richarlyson permanecem no departamento médico e os recém-contratados Caiuby e Francisco Alex viajarão para a Índia.


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