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Souza vira favorito à vaga de Mineiro
São Paulo se reapresenta com 4 reforços, mas lacuna deixada por volante preocupa Muricy Ramalho
JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O ano é 2007, mas o problema são-paulino logo no início
da temporada assemelha-se ao
vivido no começo de 2006.
Um mês depois de vencer o
Mundial de Clubes no Japão,
em 2005, o São Paulo voltava
aos treinos com uma incógnita:
quem substituiria o lateral-direito Cicinho, negociado com o
espanhol Real Madrid.
Pouco mais de um ano depois, a dúvida sobre uma peça
de reposição volta a rondar a
cabeça dos torcedores são-paulinos. Mas agora a questão é encontrar um substituto para o
volante Mineiro, que revelou
na última anteontem que não
jogaria mais pelo clube.
Mas a solução, ao que indica
o treinador do time, pode estar
dentro do próprio elenco e já
tem nome: o meia Souza. Pelo
menos temporariamente, assim como em 2006.
"Quando precisei do Souza
para jogar de volante, no lugar
do Mineiro, ele foi muito bem",
comenta Muricy.
"Mas não é só mudar", pondera o treinador. "Precisamos
ver várias coisas. Não se trata
apenas de tirar um jogador e
colocar o outro. É preciso analisar o comportamento do time e
isso nós só veremos nos treinamentos com bola."
O certo é que o equatoriano
Reasco, até então apontado como substituto natural de Mineiro, perde força na disputa
por uma vaga no time.
"Eu vou chamar [para a posição] aquele que me passar confiança. O Souza já fez isso. Posso colocar o Reasco também,
mas vai depender dele me mostrar que eu realmente posso
confiar", justifica o treinador.
Ontem pela manhã, além de
voltar aos treinos, a equipe
paulista apresentou quatro reforços para a temporada: os
meias Hugo (ex-Grêmio) e
Francisco Alex (ex-Ferroviária), e os atacantes Borges (ex-Vegalta Sendai-JAP) e Caiuby
(ex-Ferroviária).
Como de praxe, os atletas
exaltaram a estrutura e falaram
sobre a organização do clube
paulista. Além disso, Hugo, que
já defendeu o São Paulo nas categorias de base e o Corinthians
em 2005, aproveitou a chance
para alfinetar seu ex-time.
"No Corinthians, eu estava
muito bem, mas o Kia [Joorabchian, presidente da MSI], que
contratou os seus jogadores
preferidos através da MSI, interferia na escalação e boicotou
o meu trabalho. Foi melhor
deixar o clube mesmo", disse o
meia, em tom de desabafo.
Sem ressentimentos com as
equipes que já defendeu, o atacante Borges preferiu pensar
no futuro. "Estou ansioso para
marcar meu primeiro gol com a
camisa do São Paulo", disse, revelando que já havia feito um
acordo verbal com o clube paulista desde setembro.
"Só não saí antes para não
atrapalhar o meu time no Japão", explica Borges.
Os jogadores se unem ao já
apresentado Jadilson, lateral-esquerdo do Goiás no Brasileiro do ano passado, formando
um grupo de 24 atletas.
No entanto apenas 20 jogadores estão livres para atuar
pelo time, já que os meio-campistas Lenilson e Richarlyson
permanecem no departamento
médico e os recém-contratados
Caiuby e Francisco Alex viajarão para a Índia.
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