São Paulo, sábado, 06 de fevereiro de 2010

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Principal executivo dos Jogos-16 deixa o cargo

Carlos Osório vai trabalhar na Prefeitura do Rio

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Principal executivo do comitê Rio-2016, Carlos Roberto Osório vai deixar o cargo de secretário-geral da entidade para trabalhar na prefeitura da cidade. Ele será nomeado secretário de Conservação do município até o final do mês.
A pasta é nova e será responsável pela limpeza urbana, iluminação e trânsito da cidade, entre outras coisas.
Osório vai abrir mão de salário de cerca de R$ 30 mil mensais no comitê para receber R$ 9.000 dos cofres públicos.
""Sei que a nova tarefa vai exigir trabalho gigantesco e vou continuar ligado aos Jogos. Quase todas as minhas atividades vão se reverter para a realização da Rio-2016", disse ele.
Ao anunciar a saída do secretário-geral do comitê, o presidente da Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, disse que Osório será um dos vice-presidentes do conselho diretor do comitê. O novo órgão precisa ainda da aprovação do COI (Comitê Olímpico Internacional). O cargo não será remunerado.
Na nova função, o dirigente será também o responsável por tocar a série de intervenções urbanísticas que acontecerá na cidade antes dos Jogos.
Osório é homem de confiança de Nuzman e trabalhou desde o início da corrida olímpica da cidade. Ele foi secretário-geral do Co-Rio (Comitê Organizador do Pan de 2007).
Durante a campanha vitorioso do Rio, o empresário foi o responsável pelo contato direto com os eleitores do COI.
""O Carlos Roberto é um companheiro de 20 anos e teremos o maior prazer se algum dia quiser voltar a um posto executivo", disse Nuzman.
Osório é casado com Ana Victoria Lemman, filha do empresário Jorge Paulo Lemman, um dos poucos brasileiros a frequentar o ranking de bilionários da revista "Forbes", com fortuna de US$ 5,3 bilhões.
Osório vai assumir o cargo na prefeitura no final do mês. Até lá, ele integrará a delegação brasileira que fará apresentações ao COI antes do início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver, no Canadá.
Em 2005, o secretário-geral ganhava R$ 28.600 para comandar a organização do Pan. Ontem, o comitê Rio-2016 não quis informar o salário do dirigente. Em nota, a entidade declarou que ""assuntos relacionados à remuneração de pessoal são de âmbito interno."


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