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São Paulo e Portuguesa Santista apostam nas jogadas individuais para obter vaga na decisão
Paulista vê a semifinal do "deixa que eu decido"
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Me dá a bola que eu resolvo.
Para São Paulo e Portuguesa
Santista, que iniciam hoje, às 21h,
no estádio do Morumbi, a disputa
por uma vaga na final do Campeonato Paulista-2003, gol é com
bola rolando e, principalmente,
em jogadas individuais.
Na contramão de um campeonato recheado de gols de cabeça e
em cobranças de faltas, escanteios
e pênaltis, lusos, que levam a vantagem do empate na série, e são-paulinos, segundo os números do
Datafolha, preferem um drible,
uma tabela ou um chute de longa
distância para balançar as redes.
Mesmo com um elenco modesto, o time do litoral tem a artilharia em que a criatividade mais pesa. Foram seis gols anotados em
jogadas individuais, ou 40% do
total do time. Como comparação,
o rico Corinthians só anotou duas
vezes dessa forma.
No São Paulo, só dois dos 19
gols do time foram feitos em lances de bola parada -ambos em
cobranças de escanteio.
Somados, os duelistas de hoje só
anotaram 11,8% de seus gols em
cobranças de pênaltis, faltas ou
escanteios, contra 31,7% de toda a
concorrência do Paulista.
Dando mais espaço para a criatividade de seus jogadores, o são-paulino Oswaldo de Oliveira e o
luso Pepe tiveram ótimo retorno.
Seus times ostentam os ataques
mais produtivos dos semifinalistas -são 19 gols da equipe da capital e 15 dos santistas.
"A característica das duas equipes é essa. Jogamos com mais velocidade, diferentemente de Corinthians e Palmeiras. Isso [o alto
número de gols com a bola rolando] está ocorrendo pela proposta
que nós colocamos", diz Oswaldo
de Oliveira, o técnico são-paulino, que ontem, devido às chuvas
que atingiram a capital paulista,
pouco conseguiu fazer no último
treino da equipe, que começou
com uma hora de atraso.
Mesmo jogando fora de casa e
contra um grande, a Santista não
vê motivos para mudar seu estilo.
"Com todo o respeito ao São
Paulo, vamos para lá para vencer", declarou o atacante Rico, artilheiro do Paulista com sete gols
e ex-atleta do clube do Morumbi.
Para diminuir a dependência da
bola parada, São Paulo e Portuguesa Santista contam com jogadores de grande habilidade.
Cada time tem dois jogadores
na lista dos 12 maiores dribladores. As equipes também têm jogadores com facilidade para chutar
de qualquer parte do campo.
Prova disso é o alto número de
gols marcados em chutes de fora
da área -foram quatro para o
São Paulo e três para a Santista.
A segunda partida da série entre
os clubes acontece no próximo
domingo, em Santos, em local a
ser conformado pela FPF.
A diretoria do clube do litoral
não aceitou a proposta são-paulina para realizar o confronto decisivo também no Morumbi.
"Vou fazer o quê? A Portuguesa
Santista deixou de ganhar um
bom dinheiro. Agora espero que
a federação tenha o bom senso de
marcar o jogo para a Vila Belmiro", lamenta Marcelo Portugal
Gouvêa, presidente são-paulino.
Colaboraram Fausto Siqueira, da
Agência Folha, em Santos, e Eduardo
Arruda, da Reportagem Local
NA TV - ESPN Brasil e Sportv, ao vivo, às 21h
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