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São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2003

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FUTEBOL

Problema faz Uefa divulgar manual de conduta

Unida, Europa apresenta código e endurece ações anti-racismo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Uefa, entidade que controla o futebol europeu, lançou ontem um código de conduta anti-racismo durante conferência que tratou do tema, recorrente na região.
O evento, intitulado "Unidos Contra o Racismo", reuniu em Londres membros das 52 federações filiadas à Uefa, de clubes e personalidades do esporte. É a primeira iniciativa do futebol a reunir toda a Europa em uma discussão sobre o assunto.
No início do ano, a Uefa já havia divulgado um plano que ameaçava de punição clubes e torcidas e incentivava a investigação de casos de racismo. "Nossos objetivos são muito práticos. Para o código de conduta, reunimos exemplos de países que atacaram o problema, propiciando que outras nações os apliquem às suas realidades", disse Piara Powar, presidente do grupo anti-racismo "Kick it Out", que participou do evento.
A Uefa tornou pública sua posição em 2002 após uma série de incidentes e alertou clubes e federações que iria punir severamente os envolvidos com os episódios.
Em outubro, nas eliminatórias da Euro-2004, Emile Heskey e Ashley Cole, da Inglaterra, foram insultados pela torcida eslovaca. O próximo jogo da Eslováquia será com as portas fechadas.
Outros países em que são frequentes incidentes que seriam provocados por grupos de extrema-direita são Itália e Alemanha.
Entre os brasileiros vítimas de racismo estão o zagueiro Antônio Carlos, então na Roma, que foi agredido por torcedores da Lazio em 2001. A torcida da Lazio é considerada uma das mais racistas e xenófobas da Europa e ligada a grupos políticos de direita.


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