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AÇÃO
Dream Tour 2
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
Um painel, se eu não me engano, no Posto 5 de Copacabana e assinado por Millôr Fernandes, exalta o frescobol como o
único esporte no qual não existe
competição e sim interação.
Mas o frescobol não é o único
esporte a deixar o aspecto competitivo em segundo plano. Os puristas do surfe seguem contrários
às disputas e aos critérios que envolvem os campeonatos.
No big surfe isso é ainda mais
ouvido e o maior expoente da
modalidade, Laird Hamilton, é o
maior defensor do surfe livre.
Conjecturas à parte, começou
ontem em Snapper Rocks, em
Gold Coast, Austrália, a disputa
do Tour 2003 do WCT.
O circuito vem sendo reestruturado visando oferecer aos melhores surfistas do mundo as melhores ondas e os maiores prêmios.
Em 2001 as expectativas foram
frustadas pelos atentados de 11 de
setembro, mas em 2002 o circuito
finalmente atingiu os objetivos.
Chamado de Dream Tour, foi
realizado nas mais consistentes e
perfeitas ondas do planeta e distribuiu US$ 3 milhões.
E a temporada que se inicia tem
tudo para ser ainda melhor, apesar da volta da etapa japonesa,
sempre fraca de ondas, e do ainda
incerto encerramento do circuito
em Pipeline, prova que ainda depende de patrocinador.
A expectativa em torno da etapa de abertura é grande. O bombeamento de areia feito nas
praias emendou o fundo de Snapper Rocks ao de Kirra e, dependendo do swell, o Quiksilver Pro
pode ser realizado com as ondas
mais longas de todo o Circuito.
Como o período de espera da
prova vai até dia 16, o evento é
móvel e um profundo conhecedor
daquelas ondas, o bicampeão
mundial Tom Carroll, na condição de diretor do evento, definirá
quando e onde os melhores do
mundo irão para a água.
Se para os homens as condições
ainda não estão as ideais, para as
mulheres as baterias do Roxy Pro
já estão rolando. Em ondas de 1
m, numa bateria que envolveu
dez títulos mundiais, a pentacampeã Layne Beachley derrotou
a campeã de 93, Pauline Menczer,
e mandou para a repescagem sua
maior rival, a tetracampeã Lisa
Andersen. E a brasileira Jaqueline Silva, vice mundial, passou a
primeira fase e hoje disputa uma
vaga para as quartas-de-final.
O Brasil, com nove atletas, repete este ano o segundo maior contingente do tour, atrás dos australianos, que contam com 24 surfistas, e à frente dos americanos,
com oito, e havaianos, com quatro, "times" que, apesar da integração do Havaí com os EUA, no
atlas do surfe seguem separados.
Entre os brasileiros, a única autêntica novidade é Danilo Costa,
que depois de anos tentando e
chegando perto, finalmente entrou na elite. E as maiores atenções se voltam para Peterson Rosa
e Neco Padaratz, nossos maiores
destaques nas últimas temporadas. Peterson não esconde que seu
objetivo é brigar pelo título, enquanto Neco, mais cauteloso, capitula: "Esse é o objetivo de todos
na elite. Só posso dizer que estou
treinando bastante, mas a temporada é longa e o nosso esporte é
difícil de prever. Mas é claro que
gostaria de realizar este sonho".
Mundial de Longboard
Duas etapas qualificatórias devem acontecer no Brasil, uma em Maresias (SP) e outra em Saquarema (RJ), e a final pode acontecer no
Peru entre 28 de julho e 8 de agosto. As etapas distribuirão US$ 20 mil
em prêmios.
Snowboard
Melhor brasileiro no half-pipe e boardercross, Felipe Motta competiu no final de semana no Big White, no Canadá, visando treinar e
conquistar pontos para os Jogos de Inverno de Turim, em 2006.
Skateboard seguro
Tradicional ponto de surfe nordestino, Porto de Galinhas (PE) terá a
partir de sábado um skate park com 600 m2 ao lado do posto policial.
E-mail sarli@revistatrip.com.br
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