São Paulo, quinta-feira, 06 de abril de 2000


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+ESPORTE - ACADEMIA
Imitações de animais são atração da ginástica natural

da Reportagem Local

Combinando movimentos de animais, ioga e jiu-jitsu, a ginástica natural vem conquistando adeptos no Brasil. Criada pelo professor de educação física Alvaro Romano, em 1990, a ginástica natural foi introduzida inicialmente no Rio de Janeiro. Sete anos depois, chegou a São Paulo.
Ele patenteou o nome ginástica natural em 1991 e, oficialmente, é a única pessoa habilitada a ensinar a modalidade. Mesmo assim, em São Paulo e no Rio, algumas academias já a incluíram "clandestinamente" em seu quadro de atividades.
Na verdade, a ginástica natural vem ganhando a simpatia dos praticantes de esportes há algum tempo, sendo incluída principalmente no treinamento de atletas de jiu-jitsu, vale-tudo e bodyboarding.
Misturando movimentos do jiu-jitsu (exercícios de solo), ioga (flexibilidade e respiração) e de animais (tigre, macaco, águia, cobra, entre outros), a atividade trabalha todo o corpo.
"Ela (a ginástica natural) desenvolve força, flexibilidade, equilíbrio, coordenação motora, resistência e capacidade aeróbica e aumenta a percepção do próprio corpo", afirma Romano.
Segundo ele, a modalidade é resultado de 18 anos de pesquisas sobre os movimentos do corpo humano, fundamentados na imitação de animais.
"Eu fui a cobaia dos meus estudos e experiências e vi que funcionava no meu corpo", conta Romano, que dá aulas duas vezes por semana na academia Bio Ritmo, em São Paulo.
A academia fez um contrato de exclusividade com Romano para ter a ginástica natural.
As aulas são divididas em duas partes e duram 50 minutos. Inicialmente, os alunos realizam uma série de exercícios de alongamento, equilíbrio, força e flexibilidade. Em seguida, vem os movimentos coreografados, ou seja, aqueles que imitam a postura e os gestos dos animais.
Como os exercícios da ginástica natural possuem vários graus de dificuldade, Romano diz que é necessário que os alunos saibam respeitar seus limites.
No movimento do macaco, um dos mais conhecidos, a dificuldade é pequena. Porém, ele trabalha os joelhos, o quadril, a cintura e os ombros.
Já para imitar o cavalo, em movimento no qual o aluno inclina o tronco de cabeça para baixo, apoiando-se com as mãos no chão, o professor acha necessário experiência, boa coordenação motora e percepção apurada dos reflexos. (EAr)
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