São Paulo, sexta-feira, 06 de abril de 2001

Próximo Texto | Índice

PAINEL FC

Tranquilo
A CPI da CBF/Nike decidiu preservar Pelé. O ex-jogador e ex-ministro de FHC não será chamado para depor. As investigações vão se restringir aos negócios dele e de seu sócio Hélio Viana. Aldo Rebelo (PC do B-SP) disse que devassar Pelé inviabilizaria a apuração de assuntos mais importantes, mas reconheceu a importância de se preservar o "mito".

Casa cheia 1
Rebelo (PC do B-SP) e Torres (PSDB-SP) não ficaram nada satisfeitos com a confirmação do depoimento de Ricardo Teixeira para a tarde da próxima terça-feira. Presidente e relator da CPI da CBF/Nike queriam ouvir o dirigente pela manhã. A idéia, com isso, era diminuir o número de deputados da "bancada da bola" na sessão.

Casa cheia 2
Os parlamentares ligados a clubes e federações quase nunca chegam a Brasília antes da manhã de terça, o que favoreceria uma ação do relator, Torres. Mas não teve jeito, Teixeira será ouvido às 14h30, com a comissão repleta de deputados.

Quarta livre
Já o depoimento de J. Hawilla, da Traffic, foi cancelado. Ele seria ouvido na véspera do feriado da Semana Santa. A CPI, que brigou para ampliar seu prazo de atuação, abriu mão da quarta-feira. José Rocha (PFL-BA) justificou: "É um prêmio aos funcionários da Casa".

Imagem
Enquanto aguarda o depoimento, Teixeira resolveu que vai patrocinar o 2º Fórum Nacional Antidrogas, marcado para os dias 26 e 27 deste mês, em Brasília. O dirigente, que se diz em uma nova fase, afirma estar preocupado com os jovens.

Martelo
As camisas da Penalty que o São Paulo usou na final do Rio-SP estão sendo leiloadas na Internet, em www.ibazar.com.br. A renda reverterá para a fundação Gol de Letra. Até agora, o lance mais alto é para a camisa do atacante Cacá, o herói do jogo -já alcançou R$ 900,00.


Sinal de alerta
O técnico do Corinthians, Wanderley Luxemburgo, deixou muita gente de cabelo em pé com seu depoimento à CPI da CBF/Nike ontem. O ex-treinador da seleção atacou a Nike e a CBF. Dizem que foi só um aperitivo do que pode vir por aí...

Palavra mágica
O técnico foi elogiado por boa parte dos deputados, entre eles Eurico Miranda (PPB-RJ), que na última semana havia jogado confetes sobre Eduardo José Farah. Mas a alegria de Luxemburgo acabou quando o relator da CPI, Sílvio Torres, falou as palavras Renata e sonegação.

Foi ele?
Eurico, presidente do Vasco, perguntou a Luxemburgo se Ricardo Teixeira havia interferido no corte de Romário da seleção que disputou os Jogos Olímpicos de Sydney. O técnico negou.

Foi ela
A culpa também é da "Playboy". A ex-tenista Miriam D'Agostini disse que um dos motivos que a levaram a parar de jogar foi a revista ter apontado a tenista Vanessa Menga, capa da edição de fevereiro, como a "número um do Brasil". O posto, na verdade, pertencia a Miriam. O erro teria atrapalhado a ex-tenista na busca de patrocínios.

Por fora
No Senado, a CPI do Futebol ouviu o ex-vice-presidente de finanças do Flamengo Bruno Caravello. Segundo ele, os recursos advindos do contrato firmado com a ISL, no total de US$ 80 milhões, não passavam pelo caixa do clube carioca.

Herdeiro
O casal Ronaldo, atacante da Internazionale de Milão (Itália), e Milene Domingues comemora hoje o primeiro aniversário do filho, Ronald.

Procura-se um time
A Parmalat, ex-parceira do Palmeiras, tenta encaixar Argel, dispensado pelo clube por indisciplina, em alguma equipe para o segundo semestre. A empresa não vê chances de o zagueiro ser perdoado e ficar. Enquanto isso, ele treina no São José-RS.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do atacante França, do São Paulo, sobre a Taça Libertadores deste ano:
- É triste assistir de fora ao São Caetano, um time de pouca tradição, na disputa.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do atacante França, do São Paulo, sobre a Taça Libertadores deste ano:
- É triste assistir de fora ao São Caetano, um time de pouca tradição, na disputa.

CONTRA-ATAQUE

Troca de letras

O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), presidente da CPI da CBF/Nike, que investiga o futebol brasileiro, sempre foi um fervoroso nacionalista.
Tanto que o principal alvo da investigação na Câmara é a multinacional Nike, que tem sede nos Estados Unidos.
Ontem, Rebelo, autor de um projeto para banir palavras estrangeiras do cotidiano do brasileiro, sugeriu uma mudança na forma de se pronunciar o nome da empresa.
O deputado disse, em tom de gozação, que os brasileiros deveriam pronunciar a palavra Nike com o som e a entonação que ela tem em português.
O deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), que ouviu a sugestão, não perdeu a oportunidade de agradar o presidente:
- Podemos mudar desde já o nome da comissão.
Rebelo quis saber como. Eurico explicou:
- É só mudar o nome de CPI da CBF/""Naique" para CPI da CBF/Nique.
Rebelo gostou da idéia. Pena que o prazo da comissão está acabando.


Próximo Texto: O melhor tênis que o país já viu
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.