São Paulo, sexta-feira, 06 de abril de 2001

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Contrato com parceira da CBF é mantido

DO ENVIADO A BRASÍLIA

O ex-técnico da seleção Wanderley Luxemburgo afirmou aos deputados que mantém contrato com a Nike até hoje.
Por dois anos, de acordo com a multinacional norte-americana, o treinador recebeu US$ 120 mil.
"Ainda não rompi o contrato porque não tive tempo. Mas eles (a Nike) pararam de me pagar quando saí da seleção (em outubro de 2000)", declarou o técnico do Corinthians.
Para receber o dinheiro, Luxemburgo aceitou dar palestras em eventos promovidos pela Nike, utilizar material esportivo da empresa e cedeu sua imagem para utilização em comerciais.
Segundo os deputados, esse foi outro ponto de conflito com o depoimento prestado anteontem pelos executivos da Nike. "Eles (os representantes da empresa) nos disseram que não tinham contrato com nenhum técnico, nem com o Zagallo", afirmou Dr. Rosinha (PT-SP).
À Folha, no entanto, o porta-voz da Nike, Ingo Ostrovsky, disse que em nenhum momento foi questionado sobre o contrato com Luxemburgo. "Só me perguntaram sobre o Zagallo."
Apesar das contradições entre os depoimentos de Luxemburgo e dos representantes da parceira da CBF, os deputados rejeitaram a idéia de uma acareação ou de voltar a ouvir a Nike. "O tempo que temos é pequeno", justificou o relator da CPI, o deputado Sílvio Torres (PSDB-SP). (FM)

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