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São Paulo, domingo, 06 de abril de 2003

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Setor é modelo para a reforma

DO PAINEL FC E E DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de ser credor de mais de R$ 336 milhões apenas no mundo futebolístico, o governo federal pretende usar o atual formato de cobrança imposto aos clubes como modelo para a reforma que o PT proporá na Previdência em relação às empresas privadas.
Segundo imposição do INSS, os clubes contribuem com 5% do arrecadado nas bilheterias dos eventos e, na mesma alíquota, sobre os contratos de patrocínio.
Só pelo acordo de cessão dos direitos de TV do Campeonato Brasileiro deste ano, por exemplo, o Clube dos 13 terá descontada a vultosa quantia de R$ 11 milhões.
Pelo acordo com os times, não há contribuição com base na folha de pagamento dos funcionários, entre eles os jogadores de futebol. A alíquota incide diretamente sobre as receitas.
Uma das idéias analisadas pelo ministro Ricardo Berzoini e sua equipe é utilizar o mesmo modelo para as empresas privadas, que hoje pagam o INSS com base em seu número de funcionários.
Com isso, o governo quer desonerar a contratação da mão-de-obra, o que, em tese, teria reflexo sobre o número de funcionários com carteira assinada.
O governo federal, mesmo adotando a legislação para o futebol como parâmetro, deverá propor outras alterações para o setor.
Procurado pela Folha, o ministro afirmou, por meio de sua assessoria, que continuará trabalhando na fiscalização sobre os clubes de futebol. (FM E JAB)


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