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O PERSONAGEM
Acioly prega
atitude no
desempate
da Reportagem Local
Continuação da partida,
nada especial.
É assim que o técnico Ricardo Acioly, capitão do time brasileiro na Copa Davis
e treinador pessoal de Fernando Meligeni, acha que
deve ser a postura de um tenista no tie-break.
Para Acioly, o atleta não
deve executar mudanças
drásticas em seu plano de jogo no desempate. Afinal, ele
venceu seis games para chegar a essa situação.
O treinador afirma que o
tenista precisa, acima de tudo, ter ""atitude" no tie-break
e impor o seu estilo.
Folha - Qual é a postura
que um atleta precisa ter
num tie-break?
Ricardo Acioly - Estar bastante claro o que funcionou
taticamente na partida até
aquele momento e fazer a
coisa acontecer. É hora de
tomar a iniciativa e buscar o
domínio dos pontos, obviamente respeitando a tática
que esteja sendo usada. Essa
é a hora de o jogador usar a
confiança e executar o melhor golpe que tem.
Folha - Na sua opinião, os
sets longos, nos quais o
atleta precisa fazer dois games de diferença para ganhar, são mais justos?
Acioly - Acho legal quando
dois jogadores chegam a esse ponto na partida e precisam mostrar o melhor que
têm. Os detalhes fazem a diferença nesses sets, e nos
grandes jogadores faz o foco
ficar mais aguçado. O set
longo, às vezes, fica meio
monótono, principalmente
dependendo do piso.
Folha - Qual a principal
virtude que um tenista precisa ter num tie-break?
Acioly - Calma e autoconfiança no seu potencial.
Folha - Como preparar
um jogador, técnica e mentalmente, para a disputa
de um desempate?
Acioly - O atleta precisa
passar pela situação muitas
vezes para identificar exatamente como deve ser a sua
postura, saber o que funciona para ele, e saber identificar as possibilidades táticas
que ele pode usar como surpresa. Mas, basicamente,
tem que entrar com a atitude. Não dá, porém, para mudar a parte técnica nesse momento. O dever de casa tem
que ter sido feito antes para
poder ser executado.
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