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VÔLEI
A grande chance
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
A batalha pelo título da Superliga começou com uma
certeza: o Banespa perdeu a grande chance de vencer o Telemig-Minas no primeiro jogo da série
de três. Ganhou os dois primeiros
sets e depois deixou o adversário
virar o placar. Uma derrota que
facilitou, e muito, o caminho do
Minas rumo ao tricampeonato.
Os números da partida são reveladores: o Banespa assinalou
mais pontos no ataque (62 contra
48 do Minas), empatou no bloqueio (os dois times fizeram 14
pontos) e ficou em desvantagem
no saque (2 contra 4 aces).
A maior diferença foi no número de erros. O Banespa proporcionou ao Minas 43 pontos com suas
falhas contra 26 do adversário.
Vale lembrar que, desses erros da
equipe paulista, 20 foram só de
saque. Ou seja, na tentativa de
quebrar a recepção mineira, o time acabou errando muito.
Mas contra o Minas não há outra alternativa. A equipe tem
Maurício, o levantador que é um
show. É preciso forçar o saque para dificultar o trabalho dele. Ou
fica mais complicado ainda.
Quem viu o jogo pôde perceber
que Maurício está em plena forma. Sorte do Minas e da seleção,
já que é ano de Mundial.
Ao Banespa resta acertar o saque. E a tarefa não será fácil: o
próximo jogo será no Mineirinho,
e a equipe terá de superar a força
da torcida rival. Na decisão do
torneio feminino, mais de 21 mil
torcedores lotaram esse ginásio.
Vale também registrar o visual
que os jogadores do Banespa
mostraram no último jogo. Quase
todo o time pintou o cabelo de
vermelho. O atacante Giovane foi
ainda mais radical: passou máquina zero na cabeça. Imagine:
Giovane, o galã do vôlei, totalmente careca.
São essas atitudes que também
dão brilho ao esporte. E no vôlei
brasileiro elas são muito raras.
Não é para menos. São tantas as
normas disciplinares, impedindo
que técnicos e atletas façam qualquer tipo de crítica, que o resultado são personagens cada vez mais
calados no mundo do vôlei.
E o esporte, você sabe, não é feito só de técnica e grandes jogos.
Para ganhar mais popularidade e
conquistar o coração do torcedor,
precisa de grandes personagens. E
quem acompanhou a Superliga,
com exceção dos jogos da fase final, sabe que os ginásios, em geral, não tiveram grande público.
Na última semana, o técnico
Marco Aurélio Motta anunciou a
relação das 16 jogadoras que vão
treinar para a Volley Masters, a
antiga Copa BCV, que começa
dia 4 de junho, na Suíça. Da lista
com as 18 inscritas, divulgada na
última coluna, só não foram chamadas as atacantes Paula e Ângela Moraes.
Marco Aurélio tem pouco menos de um mês para definir o grupo que vai viajar para a Suíça. O
ponto mais frágil está em uma
posição: a oposta, aquela atacante de ponta que fica na diagonal
da levantadora.
Elisângela e Raquel são donas
de um ataque potente, mas têm
um histórico de muita irregularidade em quadra. Alternam grandes jogos com outros bem complicados. A esperança é que Raquel
fez uma grande Superliga pelo
Rexona.
Outra alternativa é Jaqueline,
um dos destaques do BCN/Osasco. Na última temporada, Marco
Aurélio testou Érika como oposta.
Resta saber se ele vai repetir a experiência.
Italiano 1
O Modena pode conquistar o título de campeão italiano quarta-feira, quando vai enfrentar o Treviso na quarta partida, da série de
cinco, das finais do Campeonato Italiano. No último confronto entre as duas equipes, disputado sábado, o Modena ganhou sem
grandes problemas, por 3 sets a 1. O time já havia vencido o primeiro jogo também por 3 sets a 1 e perdido o segundo, em partida bastante disputada, por 3 sets a 2.
Italiano 2
Os destaques da equipe do Modena são dois jogadores estrangeiros: o levantador norte-americano Lloy Ball e o atacante russo Roman Iakovlev, que é o maior pontuador do time, com uma média
de 23 pontos marcados (quase um set) por partida. O Modena, que
conquistou seu último título no Campeonato Italiano em 1997, é
quase uma seleção: conta também com os italianos Giani, Bovolenta e Gardini.
E-mail cidasan@uol.com.br
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