São Paulo, quinta-feira, 06 de junho de 2002

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JOSÉ ROBERTO TORERO

Nossa língua lusitana (com tradução)

Um desaire, pá!, assim se pode qualificar o malogro lusitano na peleja da jornada matutina de ontem. É verdade que a equipa empenhou-se na busca da viragem, mas os estadunidenses, fechadinhos na carapaça, deram um figo ao Figo e triunfaram incontestavelmente. O guarda-redes teve lá suas fífias, o Rui Costa foi pouco interventivo como municiador, e o João Pinto e o avançado Pauleta andaram em profunda crise anímica. Nem o Sérgio Conceição teve muita gênica. A sonhadora falange de apoio esperava túneis, cabritas, golos de encher a vista, mas o que se viu, isto sim, foi a tradicional camisola verde-rubra desonrada. A massa adepta pensava que o selecionado estaria na posição cimeira, mas divide o rabo da bicha com os polônios. É gira isto ou não é?
Agora a tradução:
A maior decepção, meu! Não tem outro jeito de falar da derrota de Portugal. É verdade que eles tentaram a virada, mas os americanos, retrancadinhos lá atrás, não tomaram conhecimento do Figo e venceram mole, mole. O goleiro andou bobeando, o Rui Costa fez poucos lançamentos, e o João Pinto e o atacante Pauleta estavam desligadões. Nem o Sérgio Conceição mostrou a energia de sempre. O pessoal das padarias esperava bolas por debaixo das pernas, chapéus e gols, mas nada, o time não honrou a camisa. A torcida achava que a seleção estaria em primeiro lugar na tabela, mas agora divide a lanterninha com a Polônia. Coisa de louco!

torero@uol.com.br



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