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São Paulo, sexta-feira, 06 de junho de 2003

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Sem Tite, São Paulo tentará Cerezo

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo vai ficar pelo menos até a próxima semana sem técnico efetivo. A negociação do clube do Morumbi com Tite melou.
Ontem, após contatos prévios durante toda a semana, o presidente Marcelo Portugal Gouvêa e o diretor de futebol Juvenal Juvêncio se reuniram com o ex-treinador do Grêmio, mas a tentativa de acordo acabou frustrada.
"Fizemos uma proposta, e ele não aceitou. Uma negociação pode terminar em sim ou em não. Neste caso, foi em não", declarou o presidente são-paulino.
Gouvêa se disse surpreso com a negativa de Tite: "De certa forma, foi uma resposta surpreendente".
"Já tínhamos acertado um tempo de contrato de 12 meses. O problema foi o salário. Ele nos fez uma proposta, e não aceitamos. Fizemos uma contraproposta, e ele não aceitou. Aí encerrou. Quando eu vi o que ele [Tite] havia pedido, eu disse ao Marcelo que não", afirmou Juvenal Juvêncio, logo após Gouvêa ter declarado que não revelaria a causa para o acordo não ter sido fechado.
Segundo Juvêncio, a diferença entre a proposta do clube do Morumbi e o pedido feito pelo ex-treinador gremista foi "enorme".
Essa não foi a primeira vez que Tite disse não ao São Paulo. Logo quando seu nome passou a ser cogitado para o cargo, o então técnico do Grêmio emitiu uma nota, antes mesmo de ser contatado pelos dirigentes são-paulinos. À época, declarou-se "honrado ao saber do interesse [são-paulino]", mas justificou a negativa porque estava disputando a Taça Libertadores com o clube gaúcho.
Com o insucesso da negociação, os dirigentes são-paulinos apostam agora na contratação de Toninho Cerezo, atual técnico do Kashima Antlers. Ele é o último que restou na lista de pretendidos do clube -nos primeiros dias após a saída de Oswaldo de Oliveira, a relação tinha uma quinzena de postulantes à vaga.
"Se frustrar [a negociação] com o Cerezo, voltaremos à estaca zero", disse Juvêncio.
O diretor de futebol afirmou já ter feito um contato prévio com o ex-jogador do São Paulo para marcar uma "conversa", mas que voltará a tentar localizá-lo a partir da próxima segunda-feira, para desta vez abrir negociações.
Apesar do interesse declarado do São Paulo em contar com Cerezo, seu anúncio como novo treinador do clube não deve acontecer antes de uma negociação difícil. No Japão, o técnico recebe aproximadamente US$ 100 mil mensais, além de ter em seu contrato com o Kashima uma multa rescisória de US$ 1,5 milhão.
Por enquanto, o chileno Roberto Rojas, que já falava nesta semana em tom de despedida do cargo, segue no comando do time.


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