O que você achou das declarações de Edmundo, dizendo estar melhor do que você e merecer, por isso, a vaga ao lado de Ronaldinho no ataque da seleção brasileira?
O treinador é o Zagallo. É ele quem decide. Não preciso provar mais nada para ninguém. Sou tetracampeão do mundo e estou na seleção desde os 17 anos.
Mas você não se preocupa com essas declarações?
Não posso estar preocupado com isso. O importante é trabalhar, treinar com o grupo. Vamos iniciar a competição e não podemos pensar em mais nada. A estréia já é na quarta-feira.
Você acha que o Edmundo tem alguma razão em reclamar?
Não quero falar sobre isso. Eu estou bem, jogando bem. Tenho certeza que vou jogar muito bem nessa Copa. E, repito, é o Zagallo quem decide.
A pressão de Edmundo pode fazê-lo titular?
O negócio é dentro de campo. É lá que as coisas são decididas. É ali que eu realizo o meu trabalho. Sempre foi assim. Nunca dependi da imprensa para vencer.
Você não se sente ameaçado?
Se ele falou isso que vocês estão dizendo, estou tranquilo.
Qual o impacto dessas declarações no time?
Você tem que pensar no grupo. Se não há união, não se ganha nada. Os jogadores precisam pensar no grupo. Senão, fica muito difícil.
E há união?
Eu não estava na reserva? Eu não fiquei tanto tempo sem jogar, quando Romário era o titular ao lado de Ronaldinho? Ele tem que ter tranquilidade, paciência.
Acho que o grupo está se aproximando. É claro que não é a mesma situação da Copa de 94.
Naquela Copa passamos mais tempo juntos. E sofremos muita pressão, que acabou servindo para unir o grupo.
O que falta para o time estar totalmente preparado para a estréia contra a Escócia?
A gente vai ver um vídeo sobre a Escócia na próxima semana, quando vamos nos entender sobre o esquema deles. O Brasil tem todas as condições de vencer a Copa novamente, como nos EUA.




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