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Gilmar, espião da seleção, se prepara para observar a Itália, provável rival da 2ª fase caso time não vença o Grupo A
Brasil já
admite o
2º lugar
dos enviados a Ozoir-la-Ferrière
Pense nesta hipótese: a seleção
decepciona e fica em segundo lugar na primeira fase da Copa do
Mundo. Pode ser triste, mas o torcedor não precisa ficar "tão preocupado" com essa possibilidade.
Segundo Gilmar Rinaldi, observador da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e ex-goleiro da
equipe na Copa de 94, a entidade
já reservou bilhetes de trem para
ele viajar pela França e observar os
possíveis adversários que o Brasil
irá enfrentar na sequência do
Mundial, se a equipe não for a primeira colocada em seu grupo.
Gilmar chegou ontem em
Ozoir-la-Ferrière, após assistir a
partida entre Marrocos e Chile,
que acabou empatada em 1 a 1.
Com essa partida, o espião encerra observações preliminares de
Marrocos e Noruega (adversários
da seleção na primeira fase do
Mundial). O espião também estudou Itália e Chile, principais candidatos a enfrentarem o Brasil na
segunda fase da Copa.
A Escócia, primeira adversária
do Brasil no Mundial, está sendo
observada por Jairo dos Santos,
que executou essa mesma função
na Olimpíada de Atlanta.
Se conquistar a primeira colocação de seu grupo, a seleção vai enfrentar o segundo colocado do
Grupo B.
Na hipótese de ser vice, a seleção
vai jogar contra o primeiro colocado do Grupo B, que tem Itália e
Chile como favoritos.
A Noruega é a equipe que mais
impressionou o observador durante suas pesquisas. Esse é o único time, segundo o ex-goleiro, que
pode apresentar um sistema de jogo diferente na Copa.
"Eles adotam um sistema de jogo que deve ser único neste Mundial, com quatro jogadores na defesa, cinco no meio-campo e um
no ataque", disse Gilmar.
Sem surpresa
Porém o coordenador afirmou
que esse sistema não faz da Noruega um time pouco ofensivo.
"Os jogadores são muito fortes e
habilidosos. Eles trocam de posição o tempo todo, dificultando a
equipe adversária", disse.
Gilmar não acredita que a Noruega possa surpreender o Brasil
na Copa do Mundo.
"Já assisti tantos jogos da Noruega que não creio em surpresas", disse. O espião assistiu dois
jogos ao vivo da Noruega, além de
quatro vídeos de outras partidas
da equipe.
Marrocos também mereceu elogios do espião. Segundo Gilmar, a
equipe marroquina tem atletas
muito habilidosos.
Gilmar deve apresentar suas observações para o técnico Zagallo
apenas três dias antes da partida
em que analisou o adversário.
O espião leva entre 40 e 60 minutos para relatar suas observações,
dependendo da edição dos vídeos
das partidas. "Falo diretamente
com a comissão técnica, não com
os jogadores. Quem faz essa ponte
é o Zagallo", disse Gilmar.
Quando assiste aos jogos ao vivo, Gilmar grava em áudio suas
observações e depois as transcreve
em um computador pessoal.
(AGz, JCA, MD e MM)
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