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Santos bate Palmeiras e larga na frente nas
semifinais do Paulista
MARCELO DAMATO
FERNANDO MELLO
da Reportagem Local
Num jogo de muita correria, jogadas aéreas e faltas violentas, o
Santos derrotou o Palmeiras por 2
a 1, ontem à noite no estádio do
Morumbi, na abertura da semifinal do Campeonato Paulista.
Se não perder o segundo jogo, na
terça-feira, o Santos disputará, pela primeira vez em 15 anos, uma final do Paulista. Para disputar a decisão, o Palmeiras precisa vencer
por qualquer resultado.
Contra um Palmeiras sem sete titulares -Marcos, Arce, César
Sampaio, Alex, Zinho e Paulo Nunes, poupados, além de Cléber,
que está contundido- o Santos,
desfalcado de Andrei, suspenso, e
Marcos Assunção, machucado,
dominou o primeiro tempo, mas
foi acuado no segundo.
O jogo começou com muita velocidade. O Santos atacava mais, e o
Palmeiras tentava aproveitar o espaço criado na defesa adversária.
Como o confronto era entre duas
equipes que marcam forte, as faltas, que começaram com uma pancada do volante palmeirense Galeano no meia Jorginho aos 2min,
se sucediam com frequência, muitas vezes com rispidez, sem que o
juiz Flávio de Carvalho ao menos
advertisse os jogadores.
Taticamente, os dois times exibiam deficiências. No Santos, os
laterais Ânderson e Gustavo não
voltavam para marcar com a rapidez exigida pelo técnico Leão.
No Palmeiras, o meio-campo
com Rodrigo Taddei, Galeano,
Tiago e Jackson não conseguia
criar quase nenhuma jogada, deixando os atacantes Euller e Oséas
isolados na frente.
Aos 18min, depois de perder
duas chances, com finalizações de
Viola e Paulo Rink, o Santos abriu
o placar na jogada mais característica do Palmeiras -jogada aérea.
O lateral-direito Ânderson (não
Arce) cobrou falta da lateral direita, e o zagueiro Argel (em vez de
Júnior Baiano ou Roque Júnior)
cabeceou. A bola bateu na trave e
voltou para ele, que marcou.
Depois do gol, o Palmeiras foi para o ataque e descobriu que sobravam buracos na defesa santista.
Aos 20min, Oséas ajeitou de peito
para Rogério, que chutou fora.
Aos 28min, foi Jackson que criou
nova chance, desta vez explorando
erro de marcação de Ânderson, e
cruzou rasteiro. Mas Euller chegou
atrasado, repetindo a maior falha
do time no ataque: a finalização.
Do lado do Santos, o atacante
Paulo Rink mostrava que havia valido a pena o Santos fazer a manobra contratual para conseguir inscrever o jogador no Paulista.
Quando o Santos tinha a bola, só
ele recuava para armar o jogo
-orientação que Leão havia feito
também a Viola e Alessandro.
Aos 36min, o Santos venceu novamente a batalha aérea na área
palmeirense. Num cruzamento de
Ânderson, Narciso mergulhou por
trás da defesa, mas testou sem força, e Sérgio pegou sem dificuldade.
Aos 45min, o Palmeiras perdeu
seu técnico. Luiz Felipe Scolari reclamou do juiz e foi expulso.
Na saída para o vestiário, o técnico Emerson Leão afirmou que o time havia marcado o Palmeiras
com "sabedoria".
No segundo tempo, o Palmeiras
voltou com mais disposição. Logo
aos 2min, criou uma chance num
chute de Rodrigo Taddei.
Aos 7min, o Palmeiras não empatou por um triz. Numa cobrança
de escanteio, Zetti saiu mal. A bola
caiu com Oséas, que, desequilibrado, não consegui acertar o gol.
Aos 9min, Júnior entrou livre na
área -Ânderson estava longe- e
chutou cruzado, mas fraco.
Mas, em seguida, o Santos ampliou -desta vez em jogada rasteira. Numa jogada pelo meio do ataque, Jorginho tocou para Paulo
Rink, que com um passe curto deixou Viola na frente de Sérgio. O
chute, de bico, pôs a bola no canto.
O Palmeiras continuou no ataque e, aos 18min, o zagueiro Júnior
Baiano descontou na primeira vez
que os palmeirenses venceram a
batalha aérea na área santista.
O meia defensivo Rogério cruzou da direita, e o zagueiro venceu
Jean pelo alto.
Aos 30min, Leão tomou uma
vaia ao trocar Paulo Rink pelo volante Marcos Bazílio, na tentativa
de reequilibrar a disputa no meio.
A substituição não conteve o ímpeto palmeirense, mas os poucos
momentos de ataque do Santos.
Aos 39min, Claudiomiro acertou
Alex e levou o segundo cartão
amarelo -e o vermelho.
Leão pôs mais um zagueiro (Valdir) e tirou o atacante Alessandro,
mas o Santos, perdido, se transformou num bando.
Aos 45min, no ápice da pressão
do Palmeiras, Viola deitou-se no
chão reclamando de dores e forçando a entrada da maca -entrou
Rodrigão.
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