São Paulo, terça-feira, 06 de julho de 2010

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Rei dos recuos, goleiro afasta "fantasma"

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Quando a coisa aperta, a defesa holandesa sabe a quem recorrer. Nenhum goleiro da Copa recebe tantos recuos de bola quanto Maarten Stekelenburg.
O camisa 1 laranja é alvo de 18,4 passes em média por partida. O segundo time que mais utiliza os recursos de jogador de linha de um goleiro é a já eliminada Inglaterra (13,3 recuos a cada jogo).
O dado mostra que os zagueiros holandeses, quando pressionados pela marcação, preferem recomeçar as jogadas a dar os tradicionais chutões para a frente. Também revela que o time semifinalista do Mundial aprendeu a confiar em Stekelenburg, 27.
Ao ser escolhido como titular da meta pelo técnico Bert van Marwijk, o atleta de 1,97 m herdou uma bomba: substituir Edwin van der Sar, 39, unanimidade no Manchester United, que deixou a seleção após a queda nas quartas da Eurocopa-2008.
A aposentadoria nunca foi bem-aceita pela Holanda, que continuou tentando convencer o veterano a voltar atrás da decisão. Dois episódios serviram para aumentar o clamor pelo retorno.
Stekelenburg viveu fase delicada na temporada 2008/09, quando foi parar no banco do Ajax. Ao mesmo tempo, Van der Sar aceitou jogar duas partidas pela seleção em momento emergencial nas eliminatórias. Não sofreu gols, porém preferiu voltar à aposentadoria.
Assim, a Holanda entrou no Mundial com um goleiro que seria sua segunda opção. Mas, até agora, ele não tem decepcionado na África.
Pelo contrário. Em cinco partidas, foi vazado três vezes, mas duas delas foram em cobranças de pênalti.
Contra o Brasil, Stekelenburg teve papel vital na classificação. Fez defesa improvável em chute de Kaká ainda no primeiro tempo, quando a seleção pentacampeã mundial vencia por 1 a 0. Se a bola entrasse, a virada seria tarefa bem mais complicada.


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