|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Chamado de pipoqueiro há um mês, atacante é saudado pela torcida e põe São Paulo na vice-liderança do Nacional
Luis Fabiano faz 2 na volta ao Morumbi
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em seu retorno ao Morumbi
depois de quase um mês, Luis Fabiano voltou à rotina de conduzir
o São Paulo às vitórias. Ontem à
noite, o atacante, responsabilizado ao lado do goleiro Rogério pela
eliminação na Libertadores, marcou os dois do triunfo sobre o Vitória por 2 a 1 e levou o time à vice-liderança do Brasileiro.
Com 38 pontos, o São Paulo alcançou o líder Santos, mas fica na
segunda colocação por ter uma
vitória a menos que o rival.
A vitória selou a paz entre Luis
Fabiano e a torcida são-paulina,
que o havia chamado de pipoqueiro após ele ter desperdiçado
um pênalti contra o Palmeiras,
antes de embarcar para a Copa
América com a seleção.
Após a partida contra os arqui-rivais, o artilheiro, que recebeu
proposta do Barcelona, chegou a
dizer que, se continuasse sendo
hostilizado, preferia deixar o clube. "Todos sabem o quanto sofri.
Treinei muito para voltar a fazer
gols e vou lutar pela artilharia",
disse o jogador, que teve seu nome gritado pelos torcedores e foi
cumprimentado pelos companheiros ontem ao final do jogo.
"Ele é um diferencial. Estava
torcendo muito por ele", declarou
o goleiro e capitão Rogério.
Com os gols de ontem, Luis Fabiano se tornou artilheiro da
equipe no Nacional, com cinco
tentos. O atacante não marcava
havia quatro partidas pelo clube.
A atuação de Luis Fabiano fez
bem ao técnico Cuca, que conseguiu amenizar o desgaste com os
dirigentes são-paulinos após negociação fracassada com o Al Helal, da Arábia Saudita.
Com a vitória de ontem, o técnico chegou à sua 27ª à frente do time, em 43 jogos. Ele tem 68% de
aproveitamento nos pontos, o
melhor desde a saída de Telê Santana, técnico mais vitorioso da
história do clube.
O time tricolor também manteve o ótimo aproveitamento no
Morumbi -ganhou 26 dos 30
pontos que disputou em casa.
Contra os baianos, Cuca escalou
sua equipe no esquema 3-4-3.
Com Grafite, Luis Fabiano e
Jean na frente, o São Paulo dominava facilmente o rival e era pouco ameaçado. Assim, bastaram 17
minutos até o primeiro gol.
Jean foi derrubado por Alex na
área, e o juiz marcou pênalti.
Luis Fabiano bateu e marcou.
Wilson de Souza Mendonça, porém, invalidou o gol, alegando invasão de área de Cicinho. Em nova cobrança, o atacante são-paulino bateu no canto direito de Juninho e abriu o placar.
O Vitória não teve tempo nem
de pensar em reagir. No minuto
seguinte, Nenê falhou, Grafite
avançou em velocidade e rolou
para Luis Fabiano, na área, marcar o segundo.
O jogo seguia tranqüilo para o
São Paulo até que a indisciplina
voltou a assombrar a equipe. Fabão cometeu falta em Obina e foi
expulso, aos 25min.
Foi o décimo cartão vermelho
recebido pelo time, o mais indisciplinado da competição. Na cobrança da falta, Rogério saiu mal
do gol, e a bola sobrou para Obina, com o gol livre, diminuir.
Com um a menos, Cuca tirou
um atacante e colocou o lateral-esquerdo Fábio Santos.
Com a defesa recomposta, a
equipe segurou os ataques baianos, mas teve de pôr Cicinho, que
jogava no meio, na lateral direita.
Na etapa final, Oswaldo de Oliveira avançou seus jogadores e sacrificou o esquema com três zagueiros ao colocar o meia Cléber.
O time passou a pressionar o rival, mas tinha dificuldades para
finalizar ao gol de Rogério.
Ao São Paulo restava explorar a
velocidade de Grafite, a principal
arma nos contra-ataques. Mas o
time do Morumbi também não
chutava a gol. Luis Fabiano só finalizou uma vez no segundo tempo, porém estava impedido.
Mas, desta vez, diferentemente
do que ocorreu em outros jogos, o
São Paulo conseguiu segurar o resultado. E a torcida comemorou a
vitória como se fosse título.
O São Paulo volta a campo no
domingo para pegar o lanterna
Flamengo, em Volta Redonda.
Texto Anterior: TV inglesa põe 25% do COI sob suspeita Próximo Texto: Frase Índice
|