|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Torcida empurra e Corinthians vence
Com 32 mil pessoas no Pacaembu, time acaba com jejum de oito jogos sem vitórias e foge da lanterna do Brasileiro
Corinthians 2
Atlético-PR 1
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde o início do dia, a torcida do Corinthians foi a protagonista. Fez protestos contra a
diretoria, brigou na porta do
Pacaembu e proporcionou o
maior público de um paulista
em casa neste Brasileiro -a
marca anterior era de 23.196 no
Palmeiras x Paraná.
Com a vitória, o time paulista
saiu da lanterna, com 13 pontos, e duas vitórias a mais do
que o Fortaleza. Mas pode voltar à última posição se a equipe
cearense pelo menos empatar
contra o Palmeiras. Porém, segue na zona de rebaixamento.
Foi com o apoio dos mais de
32 mil corintianos que o time
conseguiu acabar com o jejum
de oito jogos sem vitórias, já
que protagonizou duelo igual
com o Atlético-PR. Foi o quarto
maior público do Brasileiro.
"Foi bonito ver esse público
quando estávamos em último",
exaltou Rafael Moura.
A importância dos torcedores pôde ser percebida logo aos
3min, quando Ferreira aproveitou falha do zagueiro Sebá e
abriu o placar.
Em vez de vaias, como prometido, os corintianos passaram a gritar o nome do time
com ainda mais força do que no
início. Era uma seqüência do
comportamento dos torcedores visto antes da partida.
A organizada Gaviões da Fiel
promoveu protesto contra a diretoria, com 13 caixões para dirigentes, entre eles os presidentes Alberto Dualib, do clube, e Kia Joorabchian, da MSI.
Cerca de quatro mil foram
caminhando para o Pacaembu.
E prometeram mais manifestações, em que pediram, por
exemplo, a saída de Paulo Angioni, da parceira MSI.
Na porta do estádio, os corintianos brigaram entre si e depois entraram em confronto
com a polícia. Bombas de efeito
moral, gás de pimenta e pedradas fizeram parte da confusão.
O tumulto foi causado pela
dificuldade de os torcedores
entrarem no Pacaembu. E sobrou até para o fotógrafo do
"Agora" Robson Ventura, que
foi agredido por corintianos.
Dentro do estádio, a torcida
passou a mostrar vontade apenas nos gritos para o time e para os seus ídolos. Antes do jogo,
os corintianos já se reconciliaram com Tevez, que foi ovacionado quando teve seu nome
anunciado. Até sua saída, em
que voltou a ser homenageado,
sobraram aplausos para ele,
que sofreu um pisão.
Não foi à toa. No primeiro
tempo, mostrou vontade: foi o
segundo mais acionado em
campo, com 23 bolas. Ainda
concluiu duas vezes a gol, uma
delas no gol de empate.
Aos 9min, Coelho cruzou da
direita para Tevez, livre no
meio da área, fazer o gol de cabeça. Dois minutos depois, Carlos Alberto driblou, também
pela lateral direita, e cruzou para Rafael Moura virar o jogo.
Essa blitz foi um reflexo da
atuação do Corinthians, com
vontade e pegada, mas com o time ainda desorganizado. Em
vantagem, o time paulista diminuiu o ritmo. E acabou a primeira etapa com sete conclusões a gol, contra cinco do rival.
Pior: o time paranaense passou a dominar o jogo no segundo tempo. Teve boas chances
de gol, em falhas de posicionamento da defesa corintiana.
O Corinthians só conseguia
criar oportunidade na pressão.
E o rendimento caiu quando o
time ficou sem Carlos Alberto e
Tevez. O meia, por sinal, foi o
coadjuvante na vitória.
"Tem gente que nem tinha
mais condições de correr no final", contou Carlos Alberto.
A torcida até ficou meio impaciente no segundo tempo,
mas seguiu apoiando. E vibrou
quando Paulo Almeida salvou,
de cabeça, o último perigo.
O público foi maior do que o
do jogo com o River Plate, no
mesmo Pacaembu, quando
31.800 pessoas viram o início
da crise corintiana.
Texto Anterior: [+] Zerado: Time não tem mais lesionados Próximo Texto: Fora do jogo, Ricardinho sai perdendo Índice
|