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FUTEBOL
Jogadores do Brasil creditam ao desequilíbrio emocional a perda do título da Copa das Confederações
Falta controle à seleção, dizem atletas
do enviado à Cidade do México
A falta de experiência e controle
emocional para disputar uma final foi, na opinião dos próprios
jogadores da seleção brasileira, o
motivo da perda do título da Copa das Confederações para o México, anteontem à noite, no estádio Azteca, na capital mexicana.
Os anfitriões venceram por 4 a 3
e marcaram todos os gols em falhas individuais dos brasileiros.
Dida, no primeiro, Odvan, no
segundo, Vampeta e Serginho, no
terceiro, e Ronaldinho, no quarto,
cometeram os erros que ocasionaram os gols mexicanos.
"Perdemos para nós mesmos.
Faltou experiência para disputar
uma final fora de casa. Não se pode errar quatro vezes em uma final", queixou-se o capitão Émerson, um dos mais aborrecidos
com o comportamento do Brasil.
Foi a segunda decisão em pouco
mais de um ano perdida pela seleção para a equipe da casa. Em julho de 98, o Brasil foi batido por 3
a 0 pela França na final da Copa.
A equipe que foi a campo anteontem tinha uma média de idade de 24,2 anos e três jogadores
que já disputaram um Mundial
(Émerson, Dida e Zé Roberto).
"A derrota foi muito mais por
erro nosso do que por acerto do
México. Não sei se é porque o time é novo, está começando um
trabalho, não tem experiência necessária e talvez se perca...", analisou o volante Vampeta.
A seleção disputou a Copa das
Confederações sem seis titulares
(Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos, Cafu, Amoroso e Antônio
Carlos), que pediram folga após a
conquista da Copa América.
O técnico da seleção, Wanderley Luxemburgo, também reconheceu que as falhas causaram a
derrota, mas isentou seus jogadores de culpa pela perda do título.
"Os erros acontecem no futebol,
e cometemos alguns, mas o mérito maior foi do México", disse.
Para resumir seu pensamento,
cunhou uma frase curiosa: "A falha individual é do coletivo".
O treinador disse que a disputa
foi um "aprendizado" para seu time. "Tínhamos apenas três jogadores que disputaram uma Copa.
Fico feliz em ter chegado à final
com um time jovem. Saímos do
México fortalecidos com a experiência", afirmou Luxemburgo.
Do lado mexicano, o técnico
Manuel Lapuente foi espirituoso
ao comentar a conquista de sua
equipe, a primeira em um torneio
oficial da Fifa e considerada a
mais importante da história do
futebol do país.
"Contra o Brasil, não se ganha
de 1 a 0. Tínhamos que marcar
gols o tempo todo. Meus rapazes
jogaram ofensivamente, jogaram
para ganhar", declarou Lapuente.
(FÁBIO VICTOR)
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