do enviado à Cidade do México

Apesar de o técnico Wanderley Luxemburgo, ex-lateral, e seu auxiliar Candinho, ex-zagueiro, fazerem da defesa a prioridade desde que assumiram a seleção brasileira, no ano passado, o setor ainda não mostrou a evolução desejada.
Contra o México, o Brasil sofreu o mesmo número de gols que levou em suas dez últimas partidas somadas, seis pela Copa América e quatro pela Copa das Confederações.
Questionado sobre o motivo da disparidade, Luxemburgo evitou comentários e apenas disse: "Foi o México".
A lateral direita manteve-se um dos problemas crônicos nos últimos anos. Sem Cafu, um dos que pediram dispensa do torneio, o técnico escalou Evanílson, mas, contundido, ele ficou fora dos dois últimos jogos. Improvisado, Flávio Conceição foi sofrível na marcação e ineficiente no apoio.
A zaga, com João Carlos e Odvan, mostrou insegurança e falta de versatilidade, apesar dos treinos impostos pela comissão técnica. O jogador vascaíno foi o que mais decepcionou no México. Luxemburgo busca agora um companheiro para Antônio Carlos.
Após dois meses reunido com a seleção brasileira, o treinador disse não ter ainda uma avaliação do desempenho de sua equipe no período.
"Se eu falar nisso agora, vou estar me equivocando. Agora não é hora de falar nisso, é hora de ir para casa. Depois vou fazer um resumo e mando para vocês (jornalistas)", afirmou.
Luxemburgo, porém, disse que a derrota de anteontem não muda em nada o seu planejamento para o torneio Pré-Olímpico (em janeiro) e para as eliminatórias da Copa-2002 (a partir de março). "Não se pode analisar só por esse jogo, mas no geral. Dentro do planejado, está muito bom. Essa derrota foi um momento muito importante desse trabalho, pois vai nos ajudar a identificar os erros e os acertos."
O próximo compromisso da seleção, com o time pré-olímpico, com atletas de até 23 anos, será no dia 28 de agosto contra o Paraguai, em Assunção. Depois, a seleção principal enfrenta a Argentina, nos dias 4 (Buenos Aires) e 7 (Porto Alegre) de setembro. (FV)



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