|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BASQUETE
Equipe de Hélio Rubens perde da Argentina, e seleção da NBA, surpreendida pela Iugoslávia, fica fora do pódio
Brasil e, quem diria, EUA só vão tentar o 5º
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia após perderem uma invencibilidade histórica, os EUA
caíram novamente no Mundial de
Indianápolis e estão fora da luta
pelo pódio. A equipe foi derrotada ontem pela Iugoslávia, por 81 a
78, e agora terá que se contentar
com a luta pelo quinto lugar.
A Argentina, sensação do torneio após superar os norte-americanos anteontem, por 87 a 80,
confirmou a boa fase e eliminou o
Brasil da disputa por medalhas. A
seleção brasileira não aproveitou
o cansaço dos rivais e perdeu, por
78 a 67, no RCA Dome.
Hoje, às 22h, a equipe do técnico
Hélio Rubens volta à quadra, no
Conseco Fieldhouse, para enfrentar a Espanha. Às 19h30, na mesma quadra, os EUA pegam Porto
Rico, que ontem perdeu para a
Nova Zelândia, por 65 a 63.
"A Espanha é um time de alto
nível, mas podemos vencê-los",
afirmou o técnico Hélio Rubens,
após a derrota de ontem.
Na semifinal, amanhã, o time da
Oceania irá enfrentar a Iugoslávia. Já a Argentina pegará a Alemanha, que ontem superou aEspanha por 70 a 62.
Fora das semifinais, Brasil, EUA
e Porto Rico lutam para garantir
vagas olímpicas para a América.
O campeão mundial se classifica
para os Jogos de Atenas-2004. Os
países que ficarem entre a segunda e a sexta colocação trazem vaga
olímpica para seu continente.
Ontem, contra os iugoslavos, os
EUA mostraram a mesma deficiência da derrota para a Argentina. O time jogou com displicência
nos dois primeiros quartos.
A Iugoslávia conseguia boa variação de jogadas, tanto nos arremessos de longe dos alas Predrag
Stojakovic e Dejan Bodiroga,
quanto nas jogadas no garrafão
com o pivô Vlade Divac.
O primeiro tempo foi encerrado
com os campeões europeus vencendo a partida por 40 a 36.
No terceiro quarto, os EUA melhoraram e conseguiram abrir
uma boa diferença. A Iugoslávia
reagiu no final, não deixando os
rivais ampliarem a vantagem. O
terceiro quarto terminou comosEUA vencendo por 61 a 58.
Desgastado, o time norte-americano perdeu o controle do jogo
no final. Os EUA tentaram parar o
ataque europeu com faltas no armador Jaric, que não desperdiçou
seus lances livres. Com a Iugoslávia em vantagem, a seleção da
NBA armou um último contra-ataque para Reggie Miller, que errou o tiro. Com a derrota, os EUA
já fazem sua pior campanha em
Mundiais -ficaram com a quinta
colocação em 1970 e 1978.
Rivais em igualdade
No jogo do Brasil, além da eliminação, a equipe do técnico Hélio
Rubens viu a Argentina obter um
feito: empatou seu retrospecto
contra o Brasil. Agora, cada time
tem 37 vitórias em jogos oficiais.
O último sucesso brasileiro foi
no Sul-Americano de 1999. Desde
então foram seis derrotas seguidas em quatro torneios (Pré-Olímpico-99, Sul-Americano e
Copa América-01 e Mundial-02).
As duas equipes começaram o
jogo errando muitos arremessos.
A Argentina ficava restrita às jogadas do pivô Fabrício Oberto
nogarrafão. Já o Brasil desperdiçava muitos ataques. No segundoquarto, mesmo promovendo
maiorrevezamento na quadra, a
Argentina não se distanciou.
Cansado, o time tinha péssimo
aproveitamento ofensivo. O Brasil, por outro lado, errava muitos
passes. A defesa brasileira, porém,
foi o destaque do segundo quarto
-a Argentina marcou só 11 pontos no período. O primeiro tempo
acabou empatado em 29 a 29.
O Brasil começou melhor no segundo tempo, dando a falsa impressão de que iria se aproveitar
do desgaste do rival. No entanto
perdeu muitas bolas, propiciando
contra-ataques para a Argentina,
que abriu nove pontos de vantagem no terceiro período (51 a 42).
No último quarto os brasileiros
não tiveram fôlego para reagir.
"Perdemos a partida no terceiro
quarto. A partir daí, a Argentina
fez uma defesa forte e não conseguimos superá-la", analisou o técnico Hélio Rubens.
ATUAÇÕES - Demétrius (1), Marcelinho(14), Vanderlei (20), Anderson (10), Sandro (2); Rogério (12), Guilherme (5), Helinho
(3), Alex (0), Tiago Splitter (0)
Texto Anterior: Futebol - José Roberto Torero: A maldição do cem Próximo Texto: Indianápolis enterra de vez time dos sonhos Índice
|