São Paulo, segunda-feira, 06 de setembro de 2004

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BRASIL 3 X 1 BOLÍVIA

Torcida apóia equipe, canta hino em coro e dá tom ufanista à vitória sobre os bolivianos

SP faz pazes com a seleção em clima de 7 de Setembro

Jorge Araújo/Folha Imagem
Jogadores da seleção festejam Adriano, autor do terceiro gol do Brasil sobre a Bolívia ontem


PAULO GALDIERI
TONI ASSIS

DA REPORTAGEM LOCAL

A torcida paulistana e a seleção anteciparam o 7 de Setembro no Morumbi, na vitória por 3 a 1 do Brasil sobre a Bolívia, ontem, pelas eliminatórias da Copa-2006.
Fiel ao tom nacionalista que Brasília imprimiu ao feriado de amanhã, os torcedores apoiaram o time de Carlos Alberto Parreira desde o início, numa atmosfera que tornou-se mais ufanista graças aos organizadores do jogo e ao próprio governo federal.
Mais de 50 mil pessoas participaram da festa patriótica, e desta vez não houve vaias nem bandeiras atiradas ao gramado, como nas últimas apresentações da seleção em São Paulo.
Na entrada do estádio, a Petrobras, estatal que patrocina esportes olímpicos, distribuiu bandeirinhas do país aos torcedores.
Pelo sistema de som, a marchinha "90 milhões em ação", de Miguel Gustavo, hino ufanista dos anos 70, embalou o público, que depois ainda ouviu a execução do Hino Nacional em dose dupla: a primeira ao som do piano de Artur Moreira Lima e a outra por um coro no gramado.
O placar eletrônico estampou o desenho da bandeira do Brasil durante a execução do hino, cantado em uníssono pelos torcedores.
A cor da seleção imperou nas arquibancadas. Sem poder comparecer ao Morumbi trajando uniformes de clubes por medida de segurança, os torcedores se armaram com camisas amarelas.
A história do jogo ajudou no clima de "corrente pra frente". Ronaldo, que fez a primeira partida pela seleção em São Paulo, abriu o placar logo aos 46s de jogo.
Aliada de última hora do governo, a CBF incorporou o espírito desde o "amistoso da paz" no Haiti e puniu com a exclusão do jogo de ontem os cinco atletas que não foram liberados por seus clubes para aquela partida.
A goleada manteve o Brasil na liderança das eliminatórias sul-americanas, agora com 16 pontos, um a mais do que a Argentina.
A vitória ampliou a invencibilidade de 40 anos da seleção em São Paulo, que agora já alcança 24 partidas reconhecidas pela Fifa.


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