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BRASIL 3 X 1 BOLÍVIA
Torcida apóia equipe, canta hino em coro e dá tom ufanista à vitória sobre
os bolivianos
SP faz pazes com a seleção em clima de 7 de Setembro
Jorge Araújo/Folha Imagem
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Jogadores da seleção festejam Adriano, autor do terceiro gol do Brasil sobre a Bolívia ontem |
PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A torcida paulistana e a seleção
anteciparam o 7 de Setembro no
Morumbi, na vitória por 3 a 1 do
Brasil sobre a Bolívia, ontem, pelas eliminatórias da Copa-2006.
Fiel ao tom nacionalista que
Brasília imprimiu ao feriado de
amanhã, os torcedores apoiaram
o time de Carlos Alberto Parreira
desde o início, numa atmosfera
que tornou-se mais ufanista graças aos organizadores do jogo e ao
próprio governo federal.
Mais de 50 mil pessoas participaram da festa patriótica, e desta
vez não houve vaias nem bandeiras atiradas ao gramado, como
nas últimas apresentações da seleção em São Paulo.
Na entrada do estádio, a Petrobras, estatal que patrocina esportes olímpicos, distribuiu bandeirinhas do país aos torcedores.
Pelo sistema de som, a marchinha "90 milhões em ação", de Miguel Gustavo, hino ufanista dos
anos 70, embalou o público, que
depois ainda ouviu a execução do
Hino Nacional em dose dupla: a
primeira ao som do piano de Artur Moreira Lima e a outra por
um coro no gramado.
O placar eletrônico estampou o
desenho da bandeira do Brasil durante a execução do hino, cantado
em uníssono pelos torcedores.
A cor da seleção imperou nas
arquibancadas. Sem poder comparecer ao Morumbi trajando
uniformes de clubes por medida
de segurança, os torcedores se armaram com camisas amarelas.
A história do jogo ajudou no clima de "corrente pra frente". Ronaldo, que fez a primeira partida
pela seleção em São Paulo, abriu o
placar logo aos 46s de jogo.
Aliada de última hora do governo, a CBF incorporou o espírito
desde o "amistoso da paz" no
Haiti e puniu com a exclusão do
jogo de ontem os cinco atletas que
não foram liberados por seus clubes para aquela partida.
A goleada manteve o Brasil na
liderança das eliminatórias sul-americanas, agora com 16 pontos,
um a mais do que a Argentina.
A vitória ampliou a invencibilidade de 40 anos da seleção em São
Paulo, que agora já alcança 24
partidas reconhecidas pela Fifa.
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