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VÔLEI
Técnico acerta com Osasco, que prefere não dividi-lo com equipe nacional
Zé Roberto se distancia da seleção
DA REPORTAGEM LOCAL
José Roberto Guimarães está de
volta ao time do Osasco e pode estar mais distante da seleção.
O treinador afirmou que quer
esperar "baixar a poeira" após o
quarto lugar na Olimpíada de
Atenas para, então, pensar sobre
sua permanência no time nacional. Mas, a partir de agora, irá esbarrar na filosofia do Osasco, que
não gosta da divisão de treinador
entre a seleção e suas equipes.
No ano passado, o time abriu
exceção por causa do momento
delicado enfrentado pela equipe
nacional após os conflitos de jogadoras com o então técnico Marco
Aurélio Motta.
Zé Roberto assumiu a seleção e
logo a devolveu à elite mundial,
com a prata na Copa do Mundo
do Japão, em 2003, e o título do
Grand Prix, neste ano.
Mesmo com o fracasso nos Jogos Olímpicos, o presidente da
Confederação Brasileira de Vôlei,
Ary Graça Filho, havia dito que
gostaria de manter o comando da
seleção feminina. Até ontem à tarde, no entanto, Zé Roberto não
havia conversado com a CBV sobre sua continuação no cargo.
Bernardinho, campeão olímpico com a equipe masculina, já disse que segue como treinador, por
enquanto. Ele terá de equacionar
sua atuação à frente da seleção e
do Rexona, que se mudou para o
Rio e terá sua mulher, Fernanda
Venturini, como levantadora.
Zé Roberto assume o Osasco no
dia 13, já para o Campeonato Paulista -o acordo prevê sua participação também na Superliga. Na
mesma data, reapresentam-se as
jogadoras da seleção: Valeskinha,
Érika, Mari, Arlene e Bia.
A novata Mari, principal aposta
do treinador, tornou-se também
sua maior preocupação após o
quarto lugar na Olimpíada.
Mari cometeu o erro que sacramentou a derrota brasileira para a
Rússia, nas semifinais. Naquele
jogo, a equipe perdeu sete match
points e a chance de superar seu
melhor resultado olímpico
-dois bronzes, em Atlanta-1996
e Sydney-2000.
"Foi um pecado o que aconteceu com o time. Não tem explicação. São aquelas coisas que não
eram para acontecer", disse Zé
Roberto. "A Mari ficou muito
abalada. O day after foi terrível
para todo mundo. Mas vamos
trabalhar para superar. Ela fez 37
pontos naquele jogo, ninguém
marcou isso. Foi uma pena, mas
conseguimos confirmar que um
grande talento despontou."
A atuação da oposto de 21 anos
já rendeu propostas do exterior.
(MARIANA LAJOLO)
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