São Paulo, segunda-feira, 06 de setembro de 2004

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VÔLEI

Técnico acerta com Osasco, que prefere não dividi-lo com equipe nacional

Zé Roberto se distancia da seleção

DA REPORTAGEM LOCAL

José Roberto Guimarães está de volta ao time do Osasco e pode estar mais distante da seleção.
O treinador afirmou que quer esperar "baixar a poeira" após o quarto lugar na Olimpíada de Atenas para, então, pensar sobre sua permanência no time nacional. Mas, a partir de agora, irá esbarrar na filosofia do Osasco, que não gosta da divisão de treinador entre a seleção e suas equipes.
No ano passado, o time abriu exceção por causa do momento delicado enfrentado pela equipe nacional após os conflitos de jogadoras com o então técnico Marco Aurélio Motta.
Zé Roberto assumiu a seleção e logo a devolveu à elite mundial, com a prata na Copa do Mundo do Japão, em 2003, e o título do Grand Prix, neste ano.
Mesmo com o fracasso nos Jogos Olímpicos, o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, Ary Graça Filho, havia dito que gostaria de manter o comando da seleção feminina. Até ontem à tarde, no entanto, Zé Roberto não havia conversado com a CBV sobre sua continuação no cargo.
Bernardinho, campeão olímpico com a equipe masculina, já disse que segue como treinador, por enquanto. Ele terá de equacionar sua atuação à frente da seleção e do Rexona, que se mudou para o Rio e terá sua mulher, Fernanda Venturini, como levantadora.
Zé Roberto assume o Osasco no dia 13, já para o Campeonato Paulista -o acordo prevê sua participação também na Superliga. Na mesma data, reapresentam-se as jogadoras da seleção: Valeskinha, Érika, Mari, Arlene e Bia.
A novata Mari, principal aposta do treinador, tornou-se também sua maior preocupação após o quarto lugar na Olimpíada.
Mari cometeu o erro que sacramentou a derrota brasileira para a Rússia, nas semifinais. Naquele jogo, a equipe perdeu sete match points e a chance de superar seu melhor resultado olímpico -dois bronzes, em Atlanta-1996 e Sydney-2000.
"Foi um pecado o que aconteceu com o time. Não tem explicação. São aquelas coisas que não eram para acontecer", disse Zé Roberto. "A Mari ficou muito abalada. O day after foi terrível para todo mundo. Mas vamos trabalhar para superar. Ela fez 37 pontos naquele jogo, ninguém marcou isso. Foi uma pena, mas conseguimos confirmar que um grande talento despontou."
A atuação da oposto de 21 anos já rendeu propostas do exterior. (MARIANA LAJOLO)


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