|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
três é demais
Rei de SP, Santos afunda Corinthians
Time de Luxemburgo vence sétimo clássico na temporada e aproxima equipe de Leão uma vez mais do rebaixamento
EDUARDO ARRUDA
JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Vanderlei Luxemburgo passou apuros nas mãos de Emerson Leão durante 41 minutos.
Mas no final, foi o santista
quem deixou seu desafeto corintiano com um problemão.
Impôs a ele um 3 a 0, subiu para
o terceiro lugar no Brasileiro e
manteve o rival a um passo da
zona de rebaixamento -em 16º
lugar, com apenas 32 pontos, a
dois apenas do descenso.
Luxemburgo venceu o quinto clássico paulista neste Nacional -ganhou sete no ano,
em oito jogos. Já o Corinthians
não venceu nenhum. De quebra, passou à frente no confronto direto com Leão na era
dos pontos corridos -3 a 2.
Ontem, Leão sentiu na pele o
fato de ter o pior ataque do Brasileiro, com 25 gols. E Luxemburgo agradeceu por ter um goleiro reserva, de 18 anos, em
noite inspirada, além de um dos
melhores ataques, com 43 gols.
O time do Parque São Jorge
finalizou 27 vezes ao gol, nove
certas. Enquanto os santistas
arremataram 14 bolas, cinco
certas, três no fundo das redes.
"O Corinthians esteve próximo de ganhar. Os 3 a 0 não
mostram como o jogo foi equilibrado", disse Luxemburgo.
Não demorou cinco minutos,
e o Santos sofreu importante
baixa. Ao dividir uma bola na
área, Fábio Costa deslocou o
ombro e teve de ser substituído
por Felipe. E o goleiro tornou-se o nome do jogo.
No sistema 3-6-1, o Corinthians não jogava defensivamente. Quando tinha a posse
de bola, partia em bloco para o
ataque. O técnico corintiano
deu liberdade aos alas Rosinei e
César e aos meias Roger e Renato. Amoroso, como pedira,
desta vez não jogaria isolado.
O time chegava, até com certa facilidade, mas falhava demais na pontaria. Que o diga
Rosinei, que perdeu dois gols
feitos na frente de Felipe. Renato desperdiçou outro.
Luxemburgo, no banco de reservas, gesticulava demais.
Leão, óbvio, estava manso. Bastou, um lance, porém, para a
sorte mudar. Marcelo Mattos
fez falta em Dênis. Os corintianos reclamaram. Kléber cobrou e fez 1 a 0, aos 41min.
O árbitro Wilson Luiz Seneme virou o vilão da vez. A serenidade de Leão foi para o espaço. E o técnico, para o chuveiro,
expulso por reclamação. Luxemburgo, com as mãos para
trás, demonstrava satisfação,
enquanto os corintianos cercavam inutilmente o árbitro.
E eles voltaram nervosos para a etapa final, sem a volúpia
do começo. O esquema de Leão
já não surpreendia mais Luxemburgo. Os santistas estavam melhores, tinham mais espaços e sabiam fazer o tempo
passar com a bola nos pés.
Algumas vezes, o time dava o
bote, com certo perigo. O Corinthians, mais na base da raça,
continuou atacando, mas
quando não errava o alvo, Felipe salvava o Santos.
Leão, então, resolveu arriscar. Tirou o zagueiro Marquinho e pôs o meia Ramon. O atacante Rafael Moura entrou no
lugar do meia Renato. A pressão corintiana se intensificou,
mas sem criar chances claras.
Só que o Santos liquidou o jogo em dois minutos, com Zé
Roberto. Em contragolpe, o
meia rolou para Leandro, que
acertou belo chute: 2 a 0, aos
33min. Logo depois, em falha
da defesa, Zé Roberto, com leve
toque, definiu o placar. Correu
para a torcida, a corintiana, e
foi expulso por provocação.
Descontrolados, os corintianos ainda perderam Magrão,
que levou vermelho após entrada violenta em um santista.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Leão culpa Rosinei e, de novo, juiz Índice
|