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Altitude é pesadelo nas eliminatórias
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Seja em La Paz, Quito ou Bogotá, a seleção brasileira sempre sofreu na história das eliminatórias
quando jogou "nas alturas".
Nas três cidades, localizadas a
mais de 2.500 m acima do nível do
mar, o time, que amanhã pega a
Bolívia em La Paz, nunca conseguiu repetir o mesmo desempenho nos qualificatórios para as
Copas do que em outros lugares.
Ao todo, foram seis confrontos,
com duas vitórias, dois empates e
duas derrotas, o que significa um
modesto aproveitamento, considerando sempre três pontos por
vitória, de 44%.
Marcar gols também é um problema para o Brasil na altitude.
Em jogos nesses lugares pelas
eliminatórias, foram apenas quatro em toda a história, média baixíssima de 0,67 por jogo. O país
também tem sua defesa mais vazada em cidades muito acima do
nível do mar -0,67 por encontro,
contra 0,50 em outras localidades.
Se até a década de 80 o Brasil
conseguia pelo menos vitórias
"magras" na altitude, mais recentemente só colheu fracassos.
Nas últimas três vezes que
atuou nessas condições por eliminatórias, perdeu duas vezes e empatou uma. Além disso, não conseguiu marcar nenhum gol.
Em 1993, no qualificatório para
a Copa-94, começou o jejum de
gols na primeira derrota brasileira
na história das eliminatórias. Nos
3.600 m de La Paz, o país foi derrotado pela Bolívia por 2 a 0.
Agora, no classificatório para a
Copa-02, o Brasil empatou nos
2.600 m de Bogotá com a Colômbia (0 a 0) e perdeu nos 2.850 m de
Quito para o Equador (1 a 0).
"Sempre sinto dores de cabeça
quando jogo em La Paz, mas isso
não atrapalha tanto meu desempenho", diz o lateral Cafu sobre o
desafio de jogar na altitude.
O estrago de jogar muito acima
do nível do mar só não trouxe
mais prejuízos para o Brasil por
manobras da CBF.
Nas eliminatórias para a Copa-86, a entidade conseguiu transferir o jogo contra a Bolívia de La
Paz para Santa Cruz de la Sierra.
Para o Mundial de 1994, fez o
mesmo contra o Equador, tirando
a partida de Quito e a colocando
em Guayaquil, no nível do mar.
Colaborou o enviado a Teresópolis
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