São Paulo, quarta-feira, 06 de novembro de 2002

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Em sua pior performance da história como visitante, equipe enfrenta hoje o Fluminense, no Rio

Longe de casa, Palmeiras vê rebaixamento de perto

Marco Antônio Rezende/Folha Imagem
O técnico Levir Culpi, que possui um aproveitamento de 38% com o Palmeiras neste Brasileiro


PAULO COBOS
LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Para evitar o rebaixamento sem depender de uma improvável combinação de resultados, o Palmeiras precisa superar a mais vexaminosa sina como visitante de sua história no Brasileiro.
Hoje, contra o Fluminense, às 21h40, no estádio do Maracanã, o time paulista tentará vencer uma partida fora da cidade de São Paulo, em confrontos válidos pelo Nacional, pela primeira vez desde setembro do ano passado, quando bateu o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto, por 1 a 0.
Desde então, o time saiu do município da sua sede para fazer 15 partidas pelo Brasileiro -colheu três empates e 12 derrotas. Nunca antes o Palmeiras havia tido um jejum tão grande como visitante nessa competição.
"Realmente vencer fora é nosso principal problema. Nos últimos jogos, isso está pesando muito. Mas não existe uma receita pronta para ganhar fora", lamenta o zagueiro Alexandre.
Além do jogo de hoje, o time do técnico Levir Culpi ainda sai de São Paulo para enfrentar o Vitória, em Salvador. No Parque Antarctica, o clube só faz mais uma partida, diante do Flamengo.
Dessa forma, o Palmeiras terá que ganhar pelo menos uma vez fora de casa, além de somar quatro pontos nas duas outras partidas, para chegar ao final da primeira fase com boas chances de escapar da Série B.
"Não temos que acreditar em números. Temos é que jogar bola para reverter essa situação", diz o meia Zinho sobre a "seca" de vitórias de seu time como visitante.
Um triunfo no Maracanã nesta noite também vai evitar que 2002 fique marcado por outro recorde negativo da equipe paulista.
Nunca antes em um Brasileiro o time foi tão ruim longe de São Paulo como agora -ganhou apenas 7% dos pontos disputados.
A pior performance anterior havia acontecido em 1988, quando o Palmeiras levou para casa somente 11% dos pontos decididos fora da capital paulista.
"A pressão é grande. Vamos ter que matar os próximos rivais sem pensar nisso", diz o lateral-direito Leonardo Moura, que entra no time titular na vaga de Rubens Cardoso, que está machucado.

Antecedentes
Na temporada 2002, o clube do Parque Antarctica já teve problemas na hora de enfrentar um estádio cheio de torcedores rivais.
Na Copa do Brasil, o time perdeu para o ASA, em Arapiraca. Depois, não teve o sucesso esperado em casa e acabou eliminado.
Na Copa dos Campeões, a equipe chegou embalada às semifinais, mas foi batida, em Belém, pelo Paysandu e desperdiçou a chance de garantir uma vaga na próxima Taça Libertadores.
Hoje, o Palmeiras ainda terá seu trabalho dificultado pelo bom retrospecto do Fluminense no Maracanã. Das 12 partidas que realizou no estádio pelo Brasileiro-2002, o time de Romário saiu com a vitória em oito oportunidades.


Colaborou a Sucursal do Rio

NA TV - Globo (só para SP) e Record (menos para o RJ), ao vivo, às 21h40



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