DA REPORTAGEM LOCAL

Desde que se submeteu a uma artroscopia no quadril direito, em fevereiro, e era o segundo do mundo, Gustavo Kuerten nunca citou uma posição no ranking em determinada data como meta.
Ontem, o brasileiro, agora o 37º do mundo, mudou o discurso.
Em São Paulo, onde disputa um confronto contra tenistas argentinos, Guga, 26, foi questionado sobre os objetivos para 2003.
"Terei mais tempo para me preparar e espero estar entre os dez melhores do ranking até a metade do ano", afirmou o brasileiro.
As férias de Guga serão maiores do que as dos tenistas top já que o brasileiro ficou fora do torneio que reúne os melhores da temporada pela primeira vez desde 1998.
A meta auto-imposta não parece tão distante. Os torneios no saibro, piso no qual Kuerten tem seus melhores resultados, concentram-se no primeiro semestre.
Além disso, por causa da cirurgia, o brasileiro tem poucos pontos (355) a defender no período.
Como comparação, o espanhol Juan Carlos Ferrero, quarto no ranking e também especialista no saibro, defende 1.320 pontos no primeiro semestre de 2003.
Após disputar a final de duplas no Masters Series de Paris, no domingo, Guga chegou a São Paulo na segunda. "A gente sente um pouco de cansaço, mas são os três últimos dias da temporada."
Ele enfrentaria ontem David Nalbandian, 12º do ranking, em uma partida de exibição. Hoje, com André Sá, joga duplas contra Nalbandian e Luis Lobo.