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TÊNIS
Hewitt, Agassi... E o Bernardes!
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
Lleyton Hewitt e Andre
Agassi já haviam garantido
antecipadamente suas vagas na
Masters Cup de Xangai, competição que reúne na próxima semana os melhores da temporada.
O australiano foi bem no primeiro semestre, ganhando os torneios de Indian Wells e San Jose, e
na temporada de grama, levantando os troféus de Queens e
Wimbledon. Além de ter chegado
à final em Paris, no domingo, foi
vice em Cincinnati. Alcançou as
semifinais também em Miami,
Barcelona e no Aberto dos EUA.
Não é pouco e não será surpresa, então, se o abusadinho australiano terminar pelo segundo ano
consecutivo como número um.
Será até bastante merecido, gostemos ou não.
Agassi também teve uma excelente temporada. Conquistou
Scottsdale, Miami, Roma, Los
Angeles e Madri. Foi vice no
Aberto dos EUA. Não à toa é o
único que pode tirar o primeiro
lugar de Hewitt em Xangai.
Marat Safin garantiu sua vaga
na primeira rodada em Paris, na
semana passada. Chegou ao título na capital francesa, dominando Hewitt na decisão e mostrando que, se não fosse tão instável
psicologicamente, dificilmente
deixaria de ser ele o número um.
Juan Carlos Ferrero foi irregular durante a temporada, mas o
título em Montecarlo e o vice-campeonato em Roland Garros
deram o empurrão necessário para ficar entre os melhores e ganhar a viagem para a China.
Também dono de um ano irregular, cheio de altos e baixos, Carlos Moyá garantiu com excelentes
atuações em Paris a sua vaga. Safou-se de alguns match points
contra Sebastien Grosjean, virou,
venceu e, em seguida, despachou
Agassi com estilo. Foi o suficiente
para, ufa, no sufoco, chegar lá.
Roger Federer, outro classificado, ganhou o Masters Series de
Hamburgo e em Viena e Sydney,
foi vice em Milão e em Miami.
Fez o bastante para, pela primeira vez e aos 21 anos, se colocar
entre os top de linha.
Debutante também é o tcheco
Jiri Novak, 27, zero título no ano,
mas dois vice-campeonatos e nada menos que seis semifinais.
Outro classificado para o Masters deste ano é o espanhol Albert
Costa. Seu mérito: ter conquistado Roland Garros, e só!
Outro que garantiu na semana
passada a presença no Masters,
entre os melhores do ano, foi o
Bernardes.
A temporada do simpático e eficiente Bernardes foi excelente.
Não levantou tantos troféus
quanto Hewitt ou Agassi, mas
também não teve tantos altos e
baixos como Moyá, Ferrero ou
Federer. Apesar de ser seu primeiro Masters, chega à competição
com mais experiência que Novak
e Costa. Diferentemente de Safin,
tem como ponto forte sua habilidade psicológica.
Bernardes teve seu ponto alto
na final de Roland Garros. Na decisão do Masters Series de Madri,
lá estava ele de novo, só que Novak não quis jogar. Foi W.O.
Neste ano em que não temos
Gustavo Kuerten no Masters, o
árbitro de cadeira Carlos Alberto
Bernardes Júnior, 38, é o nosso representante entre os melhores do
mundo. Elite entre os árbitros, é
um dos três convocados para trabalhar na China, um motivo de
orgulho para o tênis nacional.
E olha que, se bobear, ele vai fazer aquilo que algum dia muita
gente teve vontade de fazer: mandar o Hewitt fechar a boca e ficar
quietinho no seu canto.
Pronta recuperação
Passa bem Carlos Alberto Kirmayr, vítima de um infarto na semana passada. Internou-se e, para alívio de todos, já está em casa.
Recuperação
Franco Squillari, que já foi número 11 do ranking e vem de contusão no pé, ganhou o Visa Tennis Open. Está voltando à boa forma.
Adeus
O francês Cedric Pioline, 33, anunciou a aposentadoria. Dono de
um estilo clássico, ganhou cinco títulos e foi quinto do mundo.
Consagração
O Masters da Credicard Visa Juniors Cup tem seus campeões: na
categoria 12 anos, Rafael Camilo e Nicole Herzog; na 14 anos, títulos para Gustavo Costa e Gabriela Vieira. Na 16 anos, Bruno Rosa e
Patrícia Coimbra; na 18, Leonardo Kirche e Carolina Olmo.
E-mail reandaku@uol.com.br
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