São Paulo, quarta-feira, 06 de novembro de 2002

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TÊNIS

Hewitt, Agassi... E o Bernardes!

RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

Lleyton Hewitt e Andre Agassi já haviam garantido antecipadamente suas vagas na Masters Cup de Xangai, competição que reúne na próxima semana os melhores da temporada.
O australiano foi bem no primeiro semestre, ganhando os torneios de Indian Wells e San Jose, e na temporada de grama, levantando os troféus de Queens e Wimbledon. Além de ter chegado à final em Paris, no domingo, foi vice em Cincinnati. Alcançou as semifinais também em Miami, Barcelona e no Aberto dos EUA.
Não é pouco e não será surpresa, então, se o abusadinho australiano terminar pelo segundo ano consecutivo como número um.
Será até bastante merecido, gostemos ou não.
Agassi também teve uma excelente temporada. Conquistou Scottsdale, Miami, Roma, Los Angeles e Madri. Foi vice no Aberto dos EUA. Não à toa é o único que pode tirar o primeiro lugar de Hewitt em Xangai.
Marat Safin garantiu sua vaga na primeira rodada em Paris, na semana passada. Chegou ao título na capital francesa, dominando Hewitt na decisão e mostrando que, se não fosse tão instável psicologicamente, dificilmente deixaria de ser ele o número um.
Juan Carlos Ferrero foi irregular durante a temporada, mas o título em Montecarlo e o vice-campeonato em Roland Garros deram o empurrão necessário para ficar entre os melhores e ganhar a viagem para a China.
Também dono de um ano irregular, cheio de altos e baixos, Carlos Moyá garantiu com excelentes atuações em Paris a sua vaga. Safou-se de alguns match points contra Sebastien Grosjean, virou, venceu e, em seguida, despachou Agassi com estilo. Foi o suficiente para, ufa, no sufoco, chegar lá.
Roger Federer, outro classificado, ganhou o Masters Series de Hamburgo e em Viena e Sydney, foi vice em Milão e em Miami.
Fez o bastante para, pela primeira vez e aos 21 anos, se colocar entre os top de linha.
Debutante também é o tcheco Jiri Novak, 27, zero título no ano, mas dois vice-campeonatos e nada menos que seis semifinais.
Outro classificado para o Masters deste ano é o espanhol Albert Costa. Seu mérito: ter conquistado Roland Garros, e só!
Outro que garantiu na semana passada a presença no Masters, entre os melhores do ano, foi o Bernardes.
A temporada do simpático e eficiente Bernardes foi excelente. Não levantou tantos troféus quanto Hewitt ou Agassi, mas também não teve tantos altos e baixos como Moyá, Ferrero ou Federer. Apesar de ser seu primeiro Masters, chega à competição com mais experiência que Novak e Costa. Diferentemente de Safin, tem como ponto forte sua habilidade psicológica.
Bernardes teve seu ponto alto na final de Roland Garros. Na decisão do Masters Series de Madri, lá estava ele de novo, só que Novak não quis jogar. Foi W.O.
Neste ano em que não temos Gustavo Kuerten no Masters, o árbitro de cadeira Carlos Alberto Bernardes Júnior, 38, é o nosso representante entre os melhores do mundo. Elite entre os árbitros, é um dos três convocados para trabalhar na China, um motivo de orgulho para o tênis nacional.
E olha que, se bobear, ele vai fazer aquilo que algum dia muita gente teve vontade de fazer: mandar o Hewitt fechar a boca e ficar quietinho no seu canto.

Pronta recuperação
Passa bem Carlos Alberto Kirmayr, vítima de um infarto na semana passada. Internou-se e, para alívio de todos, já está em casa.

Recuperação
Franco Squillari, que já foi número 11 do ranking e vem de contusão no pé, ganhou o Visa Tennis Open. Está voltando à boa forma.

Adeus
O francês Cedric Pioline, 33, anunciou a aposentadoria. Dono de um estilo clássico, ganhou cinco títulos e foi quinto do mundo.

Consagração
O Masters da Credicard Visa Juniors Cup tem seus campeões: na categoria 12 anos, Rafael Camilo e Nicole Herzog; na 14 anos, títulos para Gustavo Costa e Gabriela Vieira. Na 16 anos, Bruno Rosa e Patrícia Coimbra; na 18, Leonardo Kirche e Carolina Olmo.

E-mail reandaku@uol.com.br


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