São Paulo, quinta, 6 de novembro de 1997.



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LEGISLAÇÃO
Zico foi ouvido e evitou ataques
Recesso na Câmara pode adiar votação

da Sucursal de Brasília

Os deputados da comissão especial que avalia o projeto de lei Pelé não devem cumprir o acordo segundo o qual votariam a proposta até 26 de novembro.
O acordo foi fechado entre parlamentares e o ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, no dia 22 de outubro.
Na ocasião, o ministro aceitou a retirada do pedido do regime de urgência para o projeto. Pelo acordo, o projeto seria votado imediatamente pelo plenário depois da votação na comissão.
O relator do projeto, Tony Gel (PFL-PE), acha que poderá concluir seu relatório em 30 de novembro. "Com isso ainda seria possível votá-lo até 15 de dezembro", disse, em referência ao início do recesso parlamentar.
Há opiniões mais pessimistas. A Folha apurou que a assessoria da presidência da comissão estima que o projeto será votado somente no começo do próximo ano, caso haja convocação extraordinária.
"Do jeito que eles (os defensores do projeto) querem, o projeto não será votado dentro do prazo", disse o deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), um dos parlamentares que firmou o acordo com Pelé.
O deputado Ronaldo Cezar Coelho (PSDB-RJ), vice-líder do governo na Câmara, disse que se a votação for protelada haverá reação. Ele afirmou que poderá pedir a extinção da comissão -o que pode ser feito pela presidência da Câmara- para que o projeto seja votado diretamente em plenário.
Ontem à tarde a comissão ouviu o empresário e ex-jogador Zico. Ele evitou ataques diretos a Pelé, mas disse ser contra a obrigatoriedade de transformação de clubes em empresas.
O depoimento foi quase transformado em tietagem. Germano Rigotto (PMDB-RS), presidente da comissão, comparou Zico a Pelé; Miranda disse que o ex-jogador "só tem um defeito, que é ser torcedor do Flamengo".



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