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Acompanhado por Edílson (esq.) e Luizão (dir.), Ricardinho corre para comemorar o primeiro gol do Corinthians na vitória sobre o São Paulo por 2 a 1

Corintianos jogam final do Brasileiro pela segunda vez consecutiva; na outra semifinal, Atlético-MG segue com vantagem sobre o Vitória

da Reportagem Local

O Corinthians garantiu a primeira vaga nas finais do Campeonato Brasileiro, que começam no domingo, ao derrotar o São Paulo por 2 a 1, ontem no Morumbi.
Esta é a primeira vez que o Corinthians, atual campeão brasileiro e time de melhor campanha na primeira fase, chega a duas finais consecutivas dessa competição.
É também o quinto triunfo seguido do time em mata-matas do Brasileiro (três em 98 e dois em 99) e o primeiro sem a necessidade do terceiro jogo -já que havia vencido o primeiro por 3 a 2.
O adversário do time paulista será definido na próxima quarta-feira, em Salvador, no jogo em que o Vitória precisará novamente derrotar o Atlético-MG, após batê-lo por 2 a 1, ontem, no mesmo local.
A classificação para a final, além da vaga para a Taça Libertadores da América (leia texto abaixo), coloca o Corinthians como a equipe mais vezes presente (quatro) em decisões do Brasileiro nos anos 90. Em 90 e 98, foi campeão, sobre São Paulo e Cruzeiro, respectivamente. Em 94, foi batido pelo Palmeiras, o segundo time mais presente em decisões (campeão em 93 e 94 e vice em 97).
Depois de evitar sua eliminação em três oportunidades, o São Paulo não resistiu à quarta.
Na primeira fase, em razão de ter perdido quatro pontos por ter usado o atacante Sandro Hiroshi, o São Paulo enfrentou Ponte Preta e Vitória precisando ganhar os dois jogos. Venceu ambos.
Na segunda, contra a Ponte, chegou ao terceiro jogo precisando vencer.Conseguiu, mesmo estando duas vezes atrás no marcador e tendo um jogador expulso no fim do primeiro tempo.
Mas, no jogo de ontem, houve um desafio extra. A união da equipe, que cresceu com a revolta pelo caso Sandro Hiroshi e com os bons resultados, foi abalada pelo descontrole emocional do técnico Paulo César Carpegiani e também pela revelação de que ele está negociando com o Flamengo.
Ao contrário do domingo passado, quando, desde o início, os dois times procuraram o gol, o segundo confronto paulista foi marcado pela cautela.
Mas, novamente, o Corinthians teve um pênalti sobre Edílson não marcado pelo juiz, desta vez Oscar Roberto Godoi, que também tolerou a maior parte dos lances violentos dos são-paulinos. Uma das exceções aconteceu nos acréscimos do primeiro tempo, quando expulsou Edmílson por chutar as coxas de Rincón pelas costas, quando o Corinthians já vencia com um gol de Ricardinho.
No segundo o São Paulo empatou, com Vágner, num rebote de uma jogada de bola parada, mas em seguida levou novo gol de Edílson, que completou uma jogada pela esquerda.
Em Salvador, o Vitória não conseguiu desfazer a vantagem que seu rival construiu no primeiro jogo em Belo Horizonte com uma vitória de 3 a 0.
Num jogo com dezenas de chances desperdiçadas pelos dois times e bolas na trave, o zero a zero resistiu até os 28min do segundo tempo, quando Cláudio acertou um chute de fora da área. O Vitória quase teve sua vitória impedida por um erro do juiz Jorge Travassos, que marcou um pênalti inexistente, convertido por Guilherme -que fez seu 23º gol no Brasileiro e se isolou na artilharia.
Mas, quase no final, Pedro Paulo marcou. Com isso, uma vitória simples (em vez de por três gols de diferença) levará o time baiano a sua segunda final de Brasileiro -a primeira foi em 1993.


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