São Paulo, segunda-feira, 06 de dezembro de 2010

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JUCA KFOURI

A conquista!


Graças a Conca, o Flu é bicampeão brasileiro no ano em que quase esteve na segunda divisão

CONCA JOGOU todas.
Jogou três rodadas pendurado com dois cartões amarelos e sabe-se lá quantas com dores. E Conca jogou o tempo todo para todos, não só para ele.
O paraguaio Romerito que perdoe, herói do título de 1984, mas o argentino foi ainda melhor.
Desnecessário lembrar que o Flu salvou-se como por milagre no ano passado e que foi campeão com a troca de Cuca, essencial para o salvamento, por Muricy Ramalho, agora tetracampeão nacional, embora estivesse, como jogador, mas sem jogar nenhuma vez, no São Paulo campeão de 1977.
Sim, o jogo de ontem foi sofrível, tamanha a ansiedade, a tensão que se estabeleceu no Engenhão, assim como no Serra Dourada e na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG).
Mas o Flu e o Cruzeiro, ao menos, fizeram a parte deles, ganhando os jogos que tinham a obrigação de vencer, diferentemente da melancólica atuação do Corinthians.
Quem puser em dúvida a justiça do título tricolor só o fará por fanatismo ou para aparecer, gente menor. E Muricy Ramalho poderá rir de quem achou que fez mau negócio ao ficar nas Laranjeiras em vez de ir ser empregado da CBF. Está de parabéns.

MELHORES X PIORES
O técnico do Brasileirão só pode ser o tetracampeão Muricy Ramalho, embora o técnico do ano seja mesmo Dorival Jr., e Renato Gaúcho mereça menção mais que honrosa.
A revelação acabou sendo o goleiro Júlio César, do Corinthians, apesar de ontem, assim como o destaque do Brasileirão foi o meia Conca.
O time do ano é o Santos, e a seleção do Brasileirão está recheada de jogadores dos três líderes: Ricardo Berna, porque foi decisivo e porque joga sozinho, sem fazer dupla com Jesus, como Fábio, do Cruzeiro, o que, convenhamos, é covardia, porque diminui o tamanho do gol; Mariano, Dedé, Chicão e Diego Renan completam a, frágil, defesa; Jucilei, Elias, Conca e Montillo ficam num meio de campo que deveria ter também Arouca, Fabrício, D'Alessandro e Bruno César; na frente, Jonas e Neymar.
O melhor árbitro, mais uma vez, foi o tira-teima.
Fizeram papel de mocinho todos os santistas que foram abraçar Dorival Jr. no reencontro em Sete Lagoas, assim como Conca, ao atribuir ao companheiro Washington um gol que foi seu; e jogaram de bandido todos aqueles que entregaram jogos, tão nocivos ao esporte como os que incentivaram a derrota e ameaçaram os que queriam vencer.

blogdojuca@uol.com.br


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