São Paulo, Sexta-feira, 07 de Janeiro de 2000


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Polícia inquire no caso Maradona

das agências internacionais

O procurador do astro argentino Diego Maradona, Guillermo Cóppola, prestou ontem depoimento à polícia uruguaia, que investiga o fornecedor da cocaína que o ex-jogador consumiu.
Além dele, outras seis pessoas (cinco homens e uma mulher) que estiveram com Maradona no Ano Novo foram interrogadas pelas autoridades do Uruguai.
Um dos indagados, o empresário argentino Pablo Cosentino, amigo de Maradona, teve sua casa em Punta del Este inspecionada. Nada foi encontrado.
Maradona foi internado na terça-feira à tarde, ao sofrer uma ""crise de hipertensão arterial e arritmia cardíaca" segundo o hospital Cantegril. Suspeitando do uso de drogas, a polícia e a Justiça uruguaia pediram a coleta de sangue de Maradona.
O resultado saiu ontem à noite e confirmou as suspeitas. O jogador foi interrogado pelos policiais já na terça-feira à noite.
""Diego tem de falar de novo com a Justiça, mas só poderá fazer isso quando os médicos permitirem", afirmou Cóppola.
""Estou colaborando com a Justiça", completou o procurador ao entrar na delegacia uruguaia. Ele havia negado o consumo de cocaína por parte de Maradona no dia da internação.
O Uruguai pode exigir que Maradona passe por uma clínica de desintoxicação para depois voltar à Argentina. Uma detenção do ex-jogador, porém, está descartada.
A família do astro argentino, que negava que a crise fora por uso de cocaína, também cogita levá-lo a uma clínica para tratar seu vício. ""Nem Maradona nem outra pessoa no caso será detida nas próximas horas, mas muitas serão interrogadas", disse ontem Máximo Costa Rocha, chefe da polícia local.
""Estamos buscando o traficante. Ele é o assassino que está matando Maradona", afirmou Costa Rocha.
O ex-jogador confessou ser consumidor de cocaína em 1997, mas ultimamente declarava estar se reabilitando do vício e evitava comentar sobre o assunto.
Em sua carreira como jogador, teve três casos positivos de doping. O primeiro foi em 1991, em teste que apontou uso de cocaína em jogo do Napoli pelo Italiano. O segundo aconteceu na Copa de 1994 e apontou uso de efedrina.
A última vez foi em 1997. Antes de o resultado positivo ser divulgado e ser dada sua pena, Maradona anunciou a aposentadoria.
O ex-jogador passava férias desde 31 de dezembro na cidade uruguaia, como tantos argentinos com alto poder aquisitivo.
Ontem, Maradona foi visitado por Conrado Ferlaino, dirigente do Napoli. O italiano viajou de Nova York, nos EUA, para o Uruguai para isso.


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