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Polícia inquire no caso Maradona
das agências internacionais
O procurador do astro argentino Diego Maradona, Guillermo
Cóppola, prestou ontem depoimento à polícia uruguaia, que investiga o fornecedor da cocaína
que o ex-jogador consumiu.
Além dele, outras seis pessoas
(cinco homens e uma mulher)
que estiveram com Maradona no
Ano Novo foram interrogadas pelas autoridades do Uruguai.
Um dos indagados, o empresário argentino Pablo Cosentino,
amigo de Maradona, teve sua casa
em Punta del Este inspecionada.
Nada foi encontrado.
Maradona foi internado na terça-feira à tarde, ao sofrer uma
""crise de hipertensão arterial e arritmia cardíaca" segundo o hospital Cantegril. Suspeitando do uso
de drogas, a polícia e a Justiça
uruguaia pediram a coleta de sangue de Maradona.
O resultado saiu ontem à noite e
confirmou as suspeitas. O jogador
foi interrogado pelos policiais já
na terça-feira à noite.
""Diego tem de falar de novo
com a Justiça, mas só poderá fazer
isso quando os médicos permitirem", afirmou Cóppola.
""Estou colaborando com a Justiça", completou o procurador ao
entrar na delegacia uruguaia. Ele
havia negado o consumo de cocaína por parte de Maradona no
dia da internação.
O Uruguai pode exigir que Maradona passe por uma clínica de
desintoxicação para depois voltar
à Argentina. Uma detenção do ex-jogador, porém, está descartada.
A família do astro argentino,
que negava que a crise fora por
uso de cocaína, também cogita levá-lo a uma clínica para tratar seu
vício. ""Nem Maradona nem outra
pessoa no caso será detida nas
próximas horas, mas muitas serão interrogadas", disse ontem
Máximo Costa Rocha, chefe da
polícia local.
""Estamos buscando o traficante. Ele é o assassino que está matando Maradona", afirmou Costa
Rocha.
O ex-jogador confessou ser consumidor de cocaína em 1997, mas
ultimamente declarava estar se
reabilitando do vício e evitava comentar sobre o assunto.
Em sua carreira como jogador,
teve três casos positivos de doping. O primeiro foi em 1991, em
teste que apontou uso de cocaína
em jogo do Napoli pelo Italiano.
O segundo aconteceu na Copa de
1994 e apontou uso de efedrina.
A última vez foi em 1997. Antes
de o resultado positivo ser divulgado e ser dada sua pena, Maradona anunciou a aposentadoria.
O ex-jogador passava férias desde 31 de dezembro na cidade uruguaia, como tantos argentinos
com alto poder aquisitivo.
Ontem, Maradona foi visitado
por Conrado Ferlaino, dirigente
do Napoli. O italiano viajou de
Nova York, nos EUA, para o Uruguai para isso.
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