São Paulo, sábado, 7 de fevereiro de 1998

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Caso ainda está nos tribunais

da Reportagem Local

Além da suspensão, Paulo Mata ainda terá de responder a uma ação penal que corre na 2ª Vara Criminal de Itaperuna (RJ).
O artigo 233 do Código Penal Brasileiro prevê detenção de três meses a um ano para ""ato obsceno" (ou atentado ao pudor, na linguagem popular).
Mata foi denunciado pelo procurador Marcelo Lessa Bastos, do Ministério Público de Itaperuna.
""Se todos os brasileiros que tiverem um problema, e acredito que muitos têm problemas maiores do que o dele, tirassem a roupa, o Brasil ia ser o paraíso do nudismo", justifica Bastos.
O procurador, no entanto, considera quase nulas as chances de o cantor e técnico ser preso.
Se Mata comparecer à audiência, ainda não marcada, Bastos garante que pede a suspensão da ação, ""sob algumas condições": ""Ele tem que dar satisfação de sua atividade profissional, não poderá sair da sua comarca sem avisar e, lógico, não pode ficar nu de novo".
Se ele não aparecer, explica Bastos, ""o processo pode prosseguir, e ele pode ter alguma penalidade, mas a detenção é improvável".
""Vou com prazer, mas ainda não recebi a carta'", diz Mata.
Bastos se queixa das críticas que recebeu pela denúncia.
""Todo mundo reclama que o futebol brasileiro é uma bagunça. Quando um sujeito faz uma palhaçada dessas, que constitui infração penal, e alguém resolve tomar alguma atitude, reclamam também. Não dá para entender." (FV)


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