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FUTEBOL
Grupo VR tenta mudar imagem de dançarinas e prepara cartilha
"Cheerleaders' trocam de
roupa e exibem músculos
da Reportagem Local
Em seu segundo ano, as líderes
de torcida do Campeonato Paulista já mudaram de cara.
Criadas no ano passado pela Federação Paulista de Futebol com o
objetivo de atrair público -especialmente adolescentes- para os
estádios, elas abandonaram o caráter sensual de 97 e pretendem
vender uma imagem atlética.
A alteração atinge do uniforme
ao perfil das novas dançarinas,
passando pelas coreografias -as
que eram baseadas em rebolados
foram trocadas por outras inspiradas na ginástica aeróbica.
Quem comanda essa mudança é
o Grupo VR, que assumiu o controle das ""cheerleaders" neste ano.
Até um código de conduta está
sendo elaborado. Uma das preocupações é evitar qualquer tipo de
relacionamento com jogadores,
dirigentes e até funcionários do
próprio VR.
A questão sensualidade x esporte
não é a única preocupação com a
imagem de suas contratadas. A
empresa avaliou que as líderes de
torcida de 97 passavam uma imagem de falta de profissionalismo e
decidiu atacar esse ponto.
Primeiro, selecionou 35 garotas
entre mais de 400 candidatas. Das
escolhidas, poucas trabalharam
no ano passado. Além disso, não
aceitou inscrições de menores de
18 anos, o que ocorria em 97.
Até a escolaridade passou a ser
uma preocupação. A empresa diz
que a grande maioria das contratadas é universitária.
Outra mudança foi na preparação. Elas treinam todos os dias,
por três horas, em uma academia
de São Paulo.
Mas o objetivo maior da empresa é o faturamento. Todas as garotas, ao serem contratadas, cederam direitos exclusivos sobre imagem e voz. Elas ganham um salário
fixo mais um cachê extra por cada
participação.
O uniforme que elas usam, um
vestido curto em rosa e roxo, tem
três patrocinadores, além do VR.
""Devem lançar produtos com
elas, como calendários e cadernos", explica o vice-presidente de
marketing da empresa, Bernardo
Zamijovsky. Ele também planeja
coreografar para o Campeonato
Nacional feminino de basquete.
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