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STOP & GO
Evolução?
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
Pela terceira vez nesta década, a F-1 tenta mudar seu estado de coisas por decreto. As duas primeiras tentativas, em fria análise, produziram pouco.
A eliminação da suspensão ativa e da eletrônica, no final de 93, não tirou a superioridade técnica da Williams. E o pacote do ano seguinte, pautado pela segurança, manteve a briga restrita a Hill e Schumacher.
Nada indica que a terceira alteração, à prova a partir de hoje à noite na Austrália, vá alterar significativamente a ordem natural da categoria.
Sim, pode provocar uma ou outra surpresa. Mas seria ingênuo imaginar que alguma zebra se insurgirá das últimas filas do grid.
A Minardi vai continuar o pior time, assim como a Williams, o melhor.
Se nada vai mudar, então, de que adianta alterar o regulamento? A resposta está na segurança, item que desde Senna nunca mais será subestimado.
A F-1, outrora, era muito emocionante. Mas matava na mesma proporção. E por mais que Villeneuve reclame -e tem razão quando diz que a disputa ficará cada vez mais imbecil-, a FIA não mais deixará a velocidade média disparar.
Mas, se a mudança de regulamento não vai produzir surpresas, o duelo Schumacher x Villeneuve se repetirá?
É quase certo. Mas com novos e importante ingredientes, como a McLaren. A dinheirama da Mercedes, alguma hora, tinha que dar resultado. E nunca é demais recordar que Coulthard ganhou três vezes no ano passado (contando Jerez, que cedeu a Hakkinen depois de quase demitido via rádio).
A Benetton, com orçamento menor e uma formação muito jovem, pode acabar dando espaço para alguma das médias.
E da sétima fila em diante, vai andar na frente quem estabeleceu um bom compromisso entre o que deu certo em 97 e as sempre arriscadas inovações desenvolvidas para 98.
NOTAS
Audiência
A FIA divulgou a audiência
acumulada do campeonato de
97. Para variar, aqueles números fantásticos: 50,7 bilhões,
20% a mais do que em 1996. Inclui corridas, treinos, especiais
e noticiários.
GP da França
Max Mosley afirmou em
Melbourne que a corrida em
Magny-Cours pode voltar ao
calendário no dia 28 de junho.
Sim, no meio da Copa.
Racing Day
A Stock Cars abre a temporada nacional amanhã, em Curitiba. A categoria volta a permitir a participação de duplas,
um piloto por bateria.
Filantropia
André Ribeiro fez convênio
com um supermercado de Curitiba e vai doar R$ 500 em
mantimentos para cada ponto
que conseguir na Indy a instituições de caridade da cidade.
Se não marcar em alguma prova, a doação será de R$ 2.500.
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