São Paulo, segunda-feira, 07 de maio de 2001

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ATLETISMO
EUA e Jamaica não trouxeram força máxima para competição no Rio
Brasil vence revezamento esvaziado

RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO

O Brasil venceu em 39s11 o revezamento 4 x 100 m, principal prova do Grande Prêmio Brasil de atletismo, competindo contra equipes fracas e sem correr o máximo, segundo o técnico da equipe nacional, Jayme Netto.
Atletas brasileiros venceram também duas das provas de maior destaque, como os 100 m -Cláudio Roberto Souza- e os 200 m -André Domingos.
A equipe A do Brasil -duas equipes representaram o país na prova- derrotou os Estados Unidos e a Jamaica ontem, no Rio, no confronto que pretendia ser uma espécie de revanche da final olímpica de Sydney-2000.
Nos Jogos, os americanos correram em 37s61 para vencer os brasileiros, que ficaram com a prata, seguidos por Cuba e Jamaica.
"Hoje [ontem", corremos com alta margem de segurança, sem arriscar. O importante era ganhar, não fazer um grande tempo. Não podíamos fazer vergonha aqui, tínhamos de vencer de qualquer jeito", disse Netto.
A tática é cautelosa e faz com que os atletas fiquem mais presos, preocupados em não errar. O treinador explicou que em competições como a Olimpíada é necessário dar o máximo, ainda que se corra o risco de errar uma passagem de bastão. "É preciso arriscar", afirmou.
Ontem, EUA e Jamaica não usaram as equipe principais. Dos quatro medalhistas de ouro, apenas Bryan Lewis correu, ao lado do veterano Dennis Mitchell, 35, e de dois competidores dos 110 m com barreiras. Na equipe jamaicana, só dois dos finalistas olímpicos competiram. Cuba desistiu do GP na quinta-feira, irritando a organização do evento.
O Brasil também não usou o seu time titular. Claudinei Quirino, melhor velocista do país, estava machucado e não competiu.
Os outros três titulares em Sydney -Vicente Lenilson, Édson Luciano Ribeiro e André Domingos- foram divididos nas equipes A e B, completadas por outros velocistas.
Na A, correram Rafael Raymundo Oliveira, Cláudio Roberto Souza, Lenilson e Domingos; na B, Bruno Campos, Ribeiro, Marcelo Brivilatti e Fábio Silva.
O técnico Jayme Netto considerou o tempo da equipe A -39s11- "bom, não excelente" e achou o desempenho do time "redondo", sem erros. Mas criticou o desempenho do segundo time, em especial o de Marcelo Brivilatti, que teria cometido falhas quando recebeu o bastão e quando o passou. Ele era o terceiro homem da equipe.
"Os erros nas passagens nos custaram o terceiro lugar. Eles [do time B" correram bem os primeiros 100 m", disse.
Para André Domingos, a vitória valeu como uma "uma revanche". "É uma resposta para os americanos, que disseram que vinham para ganhar. É na pista que calamos a boca das pessoas", disse.



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