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ATLETISMO
EUA e Jamaica não trouxeram força máxima para competição no Rio
Brasil vence revezamento esvaziado
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O Brasil venceu em 39s11 o revezamento 4 x 100 m, principal prova do Grande Prêmio Brasil de
atletismo, competindo contra
equipes fracas e sem correr o máximo, segundo o técnico da equipe nacional, Jayme Netto.
Atletas brasileiros venceram
também duas das provas de
maior destaque, como os 100 m
-Cláudio Roberto Souza- e os
200 m -André Domingos.
A equipe A do Brasil -duas
equipes representaram o país na
prova- derrotou os Estados
Unidos e a Jamaica ontem, no
Rio, no confronto que pretendia
ser uma espécie de revanche da final olímpica de Sydney-2000.
Nos Jogos, os americanos correram em 37s61 para vencer os brasileiros, que ficaram com a prata,
seguidos por Cuba e Jamaica.
"Hoje [ontem", corremos com
alta margem de segurança, sem
arriscar. O importante era ganhar, não fazer um grande tempo.
Não podíamos fazer vergonha
aqui, tínhamos de vencer de qualquer jeito", disse Netto.
A tática é cautelosa e faz com
que os atletas fiquem mais presos,
preocupados em não errar. O treinador explicou que em competições como a Olimpíada é necessário dar o máximo, ainda que se
corra o risco de errar uma passagem de bastão. "É preciso arriscar", afirmou.
Ontem, EUA e Jamaica não usaram as equipe principais. Dos
quatro medalhistas de ouro, apenas Bryan Lewis correu, ao lado
do veterano Dennis Mitchell, 35, e
de dois competidores dos 110 m
com barreiras. Na equipe jamaicana, só dois dos finalistas olímpicos competiram. Cuba desistiu do
GP na quinta-feira, irritando a organização do evento.
O Brasil também não usou o seu
time titular. Claudinei Quirino,
melhor velocista do país, estava
machucado e não competiu.
Os outros três titulares em
Sydney -Vicente Lenilson, Édson Luciano Ribeiro e André Domingos- foram divididos nas
equipes A e B, completadas por
outros velocistas.
Na A, correram Rafael Raymundo Oliveira, Cláudio Roberto
Souza, Lenilson e Domingos; na
B, Bruno Campos, Ribeiro, Marcelo Brivilatti e Fábio Silva.
O técnico Jayme Netto considerou o tempo da equipe A
-39s11- "bom, não excelente" e
achou o desempenho do time "redondo", sem erros. Mas criticou o
desempenho do segundo time,
em especial o de Marcelo Brivilatti, que teria cometido falhas quando recebeu o bastão e quando o
passou. Ele era o terceiro homem
da equipe.
"Os erros nas passagens nos
custaram o terceiro lugar. Eles [do
time B" correram bem os primeiros 100 m", disse.
Para André Domingos, a vitória
valeu como uma "uma revanche".
"É uma resposta para os americanos, que disseram que vinham
para ganhar. É na pista que calamos a boca das pessoas", disse.
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