DO ENVIADO A SAPPORO

Para David Beckham, 27, principal estrela da Inglaterra, uma derrota hoje para a Argentina será um desastre. Os ingleses ficariam com um só ponto, precisariam vencer a Nigéria na última rodada e torcer justamente para os argentinos, que já estariam classificados, contra a Suécia, para tentar a vaga nas oitavas-de-final.
Só não seria uma catástrofe maior do que a de 1998, quando foi expulso por revidar uma agressão do argentino Simeone e prejudicou a Inglaterra, que perdeu nos pênaltis uma vaga para as quartas-de-final.
""Quando voltei para a Inglaterra, queriam me matar. Minha família sofreu muito com o que escreviam e falavam sobre mim. Minha mulher [Victoria, ex-Spice Girls" também foi atacada, foi muita pressão para um cara ainda em início de carreira", afirmou.
Hoje ele conta que naquela ocasião chegou a pensar em deixar o Reino Unido. ""Cogitei ir para um outro time, em um outro país, onde me respeitassem mais. Mas agora passou. Eu penso em dar a volta por cima", disse o meia.
O apoio da torcida inglesa, de fato, ele já tem. E, por enquanto, o da mídia também. ""Mas sabem como é, um tropeção e a pressão recomeça..."
Em abril, Beckham sofreu uma falta do argentino Aldo Duscher, quando defendia o Manchester, e fraturou o pé esquerdo. Recuperou-se a tempo, no entanto, contra vários prognósticos, e jogou 63 minutos na estréia contra a Suécia, empate por 1 a 1.
Contra a Argentina, promete se superar e diz que vai fazer de tudo para jogar os 90 minutos. ""Vou mostrar que não sou apenas muito profissional, mas tenho amor pela camisa."
Sobre os rivais, diz que formam um time muito perigoso, embora não deixe de dar uma cutucada. Às vezes, afirma, os argentinos são desleais e dissimulados. Mas não Verón, seu companheiro no Manchester, elogiado pelo meia. (JCA)


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