São Paulo, sexta-feira, 07 de junho de 2002

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JOSÉ ROBERTO TORERO

Trocadilhar ou não, eis a questão

Há quem diga que o trocadilho é a forma mais baixa de humor. Discordo. Acho que ele pode ser um sofisticado recurso de linguagem. Shakespeare, por exemplo, era um craque no assunto.
O trocadilho concentra mais de um sentido numa só palavra, e essa sobreposição de significados, segundo disse Freud no livro "O chiste", é o princípio do mecanismo do humor.
Bem, agora que já pareço mais inteligente do que sou (desejo, aliás, de todos nós), posso apresentar a curiosa ""Seleção Trocadilho" enviada pelo leitor Rafael Portugal. Vamos a ela:
O goleiro seria Toldo, da Itália (que, faça chuva ou faça sol, nunca deixa de proteger o arco). O trio defensivo teria o equatoriano Poroso (que às vezes deixa buracos na zaga), o costarriquenho Madrigal (que joga por música) e o argentino Cavallero (que segura as rédeas lá atrás).
Para as alas, chamaria Tchato, de Camarões (que nunca larga o adversário), e Torrado, do México (um tanto esquentado, mas famoso por seus chutes à queima-roupa). À frente da zaga viria o paraguaio Paredes (uma muralha), e os armadores seriam Fadiga, do Senegal (que cansa o time adversário), e o português Figo (que dá passes açucarados aos atacantes).
O ataque teria o germânico Klose (mais rápido que um flash) e o equatoriano Delgado (que joga o fino). Por fim, o técnico seria o sul-africano Jomo Sono, nome que tão bem combina com esta Copa.

torero@uol.com.br



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