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Técnico erra e exclui a "final dos sonhos"
ANDRÉ LUÍS NERY
DA FOLHA ONLINE
EDUARDO VIEIRA DA COSTA
ENVIADO ESPECIAL A KÖNIGSTEIN
O técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira,
mostrou ontem conhecer pouco a tabela da Copa do Mundo-2006, que começa nesta sexta.
E que tem o time dirigido por
ele como favorito ao título.
O treinador disse não acreditar numa final entre brasileiros
e argentinos porque aposta numa trajetória vitoriosa das duas
seleções no torneio. Mas é justamente isso que colocará os rivais frente a frente numa inédita final na história do campeonato mundial de futebol.
"A final dos sonhos, pelos
cruzamentos, será adiada por
mais uma temporada. Argentina e Brasil, se seguirem caminhos vitoriosos, se cruzam antes da final", afirmou o treinador, demonstrando convicção.
O desenho da tabela, porém,
aponta o oposto. Se Brasil e Argentina terminarem nas mesmas posições em seus grupos
-ambos em primeiro ou em segundo-, os dois tradicionais rivais só podem duelar na final.
Pela tabela oficial do torneio,
a única possibilidade de um
confronto entre brasileiros e
argentinos ocorrer antes da final é os dois países não terminarem em posições idênticas
na primeira fase do Mundial.
Por exemplo, se o Brasil ficar
em primeiro lugar no Grupo F e
a Argentina em segundo no C,
os dois países poderiam se enfrentar nas semifinais do Mundial alemão. O mesmo aconteceria se o Brasil terminar em
segundo, e a Argentina, na liderança de sua chave na fase inicial da competição.
No caso de as duas seleções
sul-americanas ficarem em primeiro lugar em seus grupos na
primeira fase, os únicos "campeões" de chave que poderiam
cruzar no caminho brasileiro
seriam os primeiros do Grupo
H (quartas-de-final) e do D ou
do B (semifinais). Nesse caso,
os rivais mais perigosos que o
Brasil poderia enfrentar antes
da final, no dia 9 de julho, em
Berlim, seriam Espanha, Portugal e Inglaterra.
Já os argentinos poderiam
pegar os primeiros do A (quartas) e do G ou E (semifinais),
grupos que têm como destaque
as seleções da Alemanha, França e Itália, respectivamente.
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