São Paulo, sábado, 07 de junho de 2008

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Em Pequim, cair do cavalo será eliminação

Medida é adotada para aumentar segurança do CCE

DA REPORTAGEM LOCAL

Cavalos e cavaleiros terão de mostrar entrosamento perfeito se quiserem buscar medalhas na Olimpíada de Pequim-2008.
Para aumentar a segurança da mais complexa prova do hipismo, a federação internacional da modalidade definiu que apenas uma queda já será suficiente para eliminar um conjunto da disputa do CCE (Concurso Completo de Equitação).
A nova regra entra em vigor no dia 1º de agosto. As disputas olímpicas de hipismo acontecem entre 9 a 21 de agosto.
No último um ano e meio, segundo dados da federação norte-americana, foram registradas 12 mortes de cavaleiros entre 17 e 51 anos no CCE.
Alguns, como Sherelle Duke, 28, da Irlanda, eram atletas de elite. Outros, como Mia Eriksson, 17, estava apenas começando a praticar o esporte.
Muitos cavalos também foram perdidos. Outras tantas quedas resultaram em lesões graves. Darren Chiacchia, da equipe dos EUA bronze em Atenas-2004, por exemplo, feriu-se gravemente durante seletiva em março e ficou em coma. O cavaleiro ainda está em processo de recuperação.
Os acidentes acontecem principalmente durante a competição de cross-country.
Segundo a nova regra, os conjuntos serão eliminados após a primeira queda nas disputas de cross-country e/ou saltos -o CEE é composto também pela prova de adestramento.
Atualmente, se o cavaleiro cai sozinho da montaria, ele ainda tem uma segunda chance. Só se o cavalo sofre a queda, a dupla é desclassificada.
"A razão para isso é principalmente médica, dada a dificuldade de avaliação de uma queda que pode gerar uma contusão leve. Uma queda logo depois poderia exacerbar esse ferimento e levar a uma lesão grave", divulgou a Federação Eqüestre Internacional.
"Essa mudança é uma seqüência natural para incrementar a segurança do esporte. É uma medida coerente ainda mais em competições de alto nível", disse Eduardo Migon, diretor de CCE da Confederação Brasileira de Hipismo.
"A verdade é que o atleta, com a queda, já tinha seu resultado final comprometido. Agora, ele sairá para ter uma nova chance em outra prova."
Segundo Migon, a mudança foi testada nos últimos dois anos, inclusive no Brasil.


Com agências internacionais

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