São Paulo, sábado, 07 de junho de 2008

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Nadal e Federer vão à decisão, e Grand Slam retoma a rotina

Após ausência na Austrália, líderes do ranking voltam centralizar as atenções

DA REPORTAGEM LOCAL

Após o Aberto da Austrália registrar uma "final atípica", Roland Garros trouxe de volta a normalidade aos Grand Slams.
Os líderes do ranking, o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, irão decidir o título.
Na Austrália, em janeiro, quando ambos ficaram fora da decisão, Federer e Nadal viram encerrada uma seqüência de 11 Grand Slams em que dividiram entre eles o título.
Invicto em Roland Garros, Nadal foi o primeiro a garantir seu lugar na decisão de amanhã. O espanhol derrotou o sérvio Novak Djokovic, que roubaria o segundo lugar do espanhol no ranking se vencesse ontem, por 3 sets a 0 (6/4, 6/2 e 7/6).
O tricampeão de Roland Garros havia perdido apenas três games em cada um dos dois jogos anteriores e teve um pouco mais de trabalho no duelo que a organização do torneio classificou de "semifinal dos sonhos".
"Os dois primeiros sets foram muito bons, quase perfeitos", afirmou Nadal, que não cedeu nenhuma parcial até aqui. "Fui muito dominante. Eu podia bater na bola da maneira que queria", completou o espanhol, que está a uma partida de igualar o recorde do sueco Bjorn Borg, de 28 vitórias seguidas no saibro francês.
Campeão do Masters Series de Roma, um dos mais importantes torneios preparatórios para Roland Garros, Djokovic se mostrou impressionado com o ímpeto do adversário. "Ele joga cada ponto como se fosse o match point", disse o sérvio.
O espanhol falou estar ansioso para encarar seu maior rival. "Enfrentar Federer é especial", afirmou Nadal. "Quero vencê-lo e fazer história", disse ele, que durante o torneio chegou a dizer que pouco sabia de Borg, já que havia nascido após o último título dele em Paris.
Já Federer, que não tem o saibro como sua especialidade, mas alcança a decisão do principal torneio da superfície pela terceira vez seguida, teve que suar para vencer ontem.
Seu adversário era o francês Gael Monfils, primeiro tenista da casa a disputar uma semifinal desde 2001. Para a tristeza da torcida francesa, que não vê um compatriota triunfar há 25 anos, o tenista suíço enterrou o sonho de Monfils ao vencê-lo por 6/2, 5/ 7, 6/3 e 7/5.
Sobre a decisão, Federer disse que não será "divertido" enfrentar Nadal de novo.
"Vou tentar de tudo. Espero que finalmente eu possa derrotá-lo aqui", declarou o suíço. "Eu estou muito confiante para esta final, mas posso apostar que ele também está."
Se triunfar amanhã, Federer será o sexto tenista da história a fechar o Grand Slam (ser campeão do Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e do Aberto dos EUA).


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